Crise financeira não deve ter repercussões no turismo, diz a OMT

"A crise financeira provocada pelas dificuldades do mercado imobiliário dos Estados Unidos não tem um impacto apreciável na demanda turística mundial", informou a OMT em comunicado. A economia familiar continua sob a influência da boa situação financeira das empresas e do aumento do emprego nos países industrializados. Assim, "o impacto macroeconômico da crise financeira do verão vai ser limitado", afirmou a OMT citando o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Um cenário de menor crescimento econômico que provocasse um decréscimo do poder aquisitivo não teria automaticamente uma repercussão proporcional nas viagens, afirmou a organização internacional.

Nos últimos anos, as viagens de lazer tornaram-se um fenômeno sociológico importante e as famílias aceitariam sacrifícios em outros aspectos do consumo e inclusive poderiam reduzir a poupança, mas não renunciam à mobilidade.

"A forte atividade empresarial favorece as viagens de negócios", acrescenta o comunicado.

No mês de junho, o Barômetro da OMT registrou um forte crescimento do turismo mundial, de janeiro a abril, de 6,3% de chegadas.

Por outro lado, a OMT aponta que as famílias norte-americanas atingidas pela crise não são aquelas que mais viajam, principalmente para o estrangeiro, enquanto os "Baby Boomers", uma das forças novas que impulsionam as viagens e o ócio, não fazem parte do setor atingido.