Cruzeiros marítimos: setor de maior crescimento no turismo

04 de Setembro de 2007 6:59am
godking

Os cruzeiros marítimos, com mais de 15 milhões de turistas em 2007, é o setor de mais rápido crescimento no turismo (11% anual nos último dez anos). Dois grupos, Carnival e Royal Caribbean detêm 75% das operações.

A febre do gigantismo faz com que alguns navios não possam atravessar o Canal do Panamá. Assim, um dos navios da Royal Caribbean que vai mudar de base, terá de viajar de Miami para Los Angeles através do estreito de Magalhães.

As empresas costumam ressaltar o impacto da chegada dos navios nas economias locais: "Os cargueiros, com tripulações de 18 pessoas no máximo, influenciam a lógica das autoridades portuárias, mas nossas tripulações, que também fazem compras nos portos de escala como os passageiros, são de 700 a 1.500 pessoas", comentou Adam Goldstein, presidente da Royal Caribbean, durante uma recente visita a Buenos Aires. O faturamento da sua empresa, a segunda maior do mundo, é de US$ 6 bilhões por ano.

De acordo com fontes da companhia citadas pelo jornal Clarín, a Royal, sediada nas Bahamas, estaria interessada no desenvolvimento de uma nova infra-estrutura de terminais em Buenos Aires, onde tem avaliado o fornecimento de alimentos frescos.

Expande-se o negócio na Ásia e América do Sul. "O Atlântico tem a vantagem da contra temporada", explica Carlos Núñez, diretor geral da Costa Cruzeiros para a América do Sul. Depois do verão do hemisfério norte, os navios começam a operar no Sul. O montante dos investimentos nos últimos navios - entre 800 e 1.200 milhões de dólares - não permite que estas cidades flutuantes deixem de operar.

Buenos Aires, cidade que pode fazer parte de dois roteiros - o primeiro chega até Puerto Montt e Valparaíso - e o segundo percorre as costas do Uruguai e Brasil, atrai muito a atenção nos planos de expansão, mesmo com a tendência existente ao congestionamento. Na temporada passada, com 91 escalas (25% a mais do que na temporada anterior), a capacidade do porto Benito Quinquela Martín foi excedida um dia em que chegaram 5 navios simultaneamente.

A magnitude do turismo de cruzeiros explica as razões de sua concentração nos últimos anos: hoje, dois grupos - cada um a soma de diversas companhias que mantêm seus nomes originais - detêm 75% do total das operações.

Carnival é o maior. Entre suas marcas: a Costa Cruzeiros e a inglesa Cunard, sua marca de luxo.

Vem a seguir a Royal Caribbean, empresa proprietária dos dois maiores navios de passageiros do mundo na classe Freedom, sendo sua marca de luxo a Azamara Cruises.

Com o dólar baixo, o setor encontrou na Europa um lugar imprevisto para um grande crescimento: "O valor de 120 dólares (alojamento, refeições e entretenimento) para viajar da Veneza à Barcelona em sete dias é barato", diz Núñez, de Costa Cruceros.

O valor das viagens de cruzeiro é em dólares, sendo a média de 120 por dia, segundo fontes de diversas companhias.

Fonte: nuestromar.org

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