Cuba prevê atingir em 2006 a maior corrente de comércio em 15 anos

22 de Novembro de 2006 12:00am
godking

Cuba espera alcançar em 2006 o maior valor no intercâmbio comercial em 15 anos: US$ 10 bilhões, a partir do aumento das exportações de bens e serviços, e das importações destinadas aos setores da energia, saúde e transporte.

O crescimento do volume de comércio de bens foi de 27% em relação ao mesmo período de 2005, e se prevê que no encerramento do ano 2006 o montante do intercâmbio seja de US$ 10 bilhões, "o maior dos últimos tempos", afirmou o ministro do Comércio Exterior, Raúl de la Nuez.

Esta tendência é reforçada pela mudança da estrutura da pauta de exportação dos últimos anos, que passou de 70% de produtos tradicionais (níquel, açúcar, tabaco e produtos da pesca), para essa mesma proporção de serviços (médicos e de treino esportivo, entre outros).

De acordo com o ministro cubano, aumentaram as compras no exterior de máquinas, equipamentos e peças (104%); de veículos e material de transporte (49%); de metais e seus produtos (23%), assim como de alimentos, combustível e lubrificantes, sem que mencionasse dados.

Até setembro de 2006, o valor das exportações tradicionais (níquel, tabaco, rum, pescado e mariscos) aumentou 15% em relação ao mesmo período de 2005 e o das não tradicionais 35%, sobressaindo os medicamentos genéricos e biotecnológicos (23%).

Em 2005, a corrente de comércio de Cuba com o exterior foi de US$ 9,5 bilhões, alcançando assim o nível anterior à crise da década de 1990, iniciada depois da queda do bloco comunista.

Os principais sócios comerciais de Cuba na atualidade são a Venezuela, China, Espanha e Canadá.

A dívida externa com a Rússia foi reestruturada em 2006, país que outorgou um crédito a Cuba no valor de US$ 350 milhões.

Todavia, De la Nuez achou que ainda não é possível fazer previsões quanto à participação da Rússia no comércio cubano, ainda que as "antigas relações possam ajudar na reativação do comércio bilateral".

O intercâmbio comercial com a Venezuela foi de US$ 3,6 bilhões em 2005, de acordo com informações oficiais cubanas. Caracas fornece 100.000 barris diários de petróleo a Cuba, que paga com serviços especializados de educação e saúde.

Já com a China, a principal fonte de crédito de Cuba, o comércio foi de aproximadamente US$ 800 milhões em 2005, sendo os itens principais o níquel, o transporte, a biotecnologia, o turismo e a estaleiros navais, mantendo-se uma tendência sustentada de crescimento.

O comércio cubano é ainda mais diversificado geograficamente: Américas (45%); Europa (31%); Ásia e Oriente Médio (21%).

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