Daniel Mooney, diretor do Instituto Guatemalteco de Turismo

26 de Outubro de 2007 6:16am
godking

O turismo chegou à América Central para ficar e a Guatemala não é uma exceção. O país desenvolve uma estratégia que visa a melhora da sua infra-estrutura turística, segurança e sistema de transporte e comunicações cujo resultado é a chegada de 1.600.000 turistas por ano.

Depois de um ano no cargo e na situação atual da Guatemala, quais os resultados que podem mostrar a partir da estratégia aplicada?

Eu acho que os números servem para medir os resultados. Temos impulsionado um programa de desenvolvimento sustentável 2004-2014 elaborado pelo setor privado. O número de chegadas internacionais aumentou 100%, ou seja, de 802.000 turistas para 1.600.000. As receitas do turismo também aumentaram, passando de US$ 600 milhões para US$ 1.200 milhões.

Como é que está avançando o programa para a melhora das rodovias e a infra-estrutura?

Na atualidade, as estradas da Guatemala são das melhores da América Central. E o nosso sistema aeroportuário é o melhor da região. O aeroporto La Aurora, com investimentos de US$ 150 milhões é o mais moderno da América Central. Temos mais dois, um no litoral do Pacífico e outro no Atlântico que apóiam os navios de cruzeiros, além do aeroporto internacional do Planalto e o de Tikal. Assim, a Guatemala conta atualmente com cinco aeroportos internacionais - o maior número na região centro-americana - e oito aeroportos mais pequenos.

E o tráfego aéreo para o país?

Neste período começaram a chegar novas companhias aéreas que somaram 40 vôos. Algumas são companhias tradicionais e outras são novas, dos Estados Unidos. Por exemplo, a USAir e Spirit, além da Aeroméxico e da Iberia, que aumentou sua ocupação em 37% e que a partir de 2008 realizará quase um vôo diário para a Guatemala.

Há medidas para garantir a segurança do visitante?

Nesse sentido criamos as unidades de Assistência ao Turista, com uma ampla presença no país. São veículos de ajuda aos visitantes que atuam em caso de acidente ou reparação de veículos, por exemplo, com relações estreitas com as forças policiais.

Nossa recomendação para o próximo governo é a ampliação desta força que não é policial, mas de assistência. O corpo diplomático reconhece a importância dessas unidades.

Acha que o vôo da Iberia compartilhado com o Panamá vai contribuir para o maior fluxo de visitantes entre ambos os países?

O Panamá é um centro de negócios onde muitos guatemaltecos têm projetos e o turismo executivo é uma modalidade muito importante. Além disso, o Panamá tem uma variedade de destinos turísticos muito interessantes.

Mas também temos vôos de aéreas espanholas e européias para a Costa Rica com conexões para os demais países da América Central. El Salvador tem um vôo de Milão, há vôos diretos de Madri para a Guatemala e talvez a Delta Air Lines abra uma rota de Beijing para Honduras, com conexão em Los Angeles. Há um grande fluxo de turistas para a região e a Guatemala deve estudar como atrair uma parte deles. Isso vai ser um processo natural.

Mais alguma coisa?

Só dizer que o turismo chegou à América Latina para ficar. Na América Central é prioridade de todos os governos. Temos copiado muitas coisas do sistema da Costa Rica e os resultados são visíveis. A Guatemala está recebendo 1.600.000 turistas, a Costa Rica 1.800.000, El Salvador 1.200.000, Honduras 1.200.000 ou 1.300.000. São 8 milhões de visitantes que confirmam que o turismo - fonte de divisas para as nossas economias - chegou para ficar.

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