Enrique de Marchena Kaluche, presidente eleito da Associação de Hotéis do Caribe (CHA)

22 de Junho de 2007 7:34am
godking

O empresário e advogado dominicano Enrique de Marchena Kaluche foi eleito presidente da CHA na Assembléia Anual da Organização, realizada no âmbito da Conferência de Hotéis e Turismo do Caribe, em Miami, na Flórida. De Marchena começará agora um processo de preparação de doze meses antes de assumir a presidência da organização em junho de 2008, para um mandato de dois anos. O novo presidente eleito da organização é atualmente o quinto vice-presidente da CHA, após ter sido vice-presidente regional no Comitê Executivo da organização em representação da República Dominicana.

O que é que o senhor acha da sua eleição como novo presidente da CHA?

A partir da posição de presidente eleito já me integrei nas atividades da presidência. Tradicionalmente, o presidente eleito passa um ano em tarefas preparatórias e assume o cargo na seguinte assembléia anual da organização. Com 35 associações hoteleiras, o trabalho da organização é enorme, pois há uma grande quantidade de informação e documentação, daí a necessidade do período de preparação.

Eu fui presidente regional durante dois anos e posteriormente quinto vice-presidente durante igual período. Agora estou totalmente imerso no trabalho da presidência a partir da minha condição de presidente eleito.

Simón Perez, o presidente anterior, disse que conseguiria que a língua espanhola fosse uma das mais faladas e traduzidas na organização, mas não foi assim. Acha que poderia consegui-lo durante seu mandato?

Tenho dois propósitos principais e esse é um deles. Não falo apenas dos hispanoparlantes, que represento, mas também daqueles que falam francês. Acho que a integração mais ativa deles na organização passa pela tradução simultânea nas conferências e pelo website nos diferentes idiomas falados na região.

Minha segunda meta é uma maior integração das grandes cadeias espanholas com presença e investimentos no Caribe na organização. Durante minha presidência na Associação de Hotéis e Restaurantes (Asonahores), em Santo Domingo, reforçamos essa integração. Em dois anos de mandato, participei de seis ou oito reuniões com os executivos das grandes hoteleiras espanholas. Foi uma integração muito proveitosa porque permitiu impulsionar temas importantes como a Reforma Fiscal ou a Fundação Asonahores, uma iniciativa pessoal de caráter social.

Poderíamos esperar a presença da CHA na Fitur com um estande?

Talvez não na próxima edição, mas na seguinte, porque poderei decidir como presidente da organização.

Acho que vai ser possível porque a integração é um desejo de muitos. A organização pode influir em assuntos fundamentais que tenham um benefício econômico importante. Temos o tema do passaporte e seu impacto econômico, por exemplo. Há questões que são convenientes para todos.

A falta de comunicação da CHA e CTO com investidores espanhóis seria resultado da lentidão desses mercados para entrar no Caribe?

O que acontece é que houve um afastamento do Caribe inglês dos demais países da região - do Caribe de língua espanhola e de língua francesa. A CHA é uma organização constituída principalmente por países de língua inglesa.

Não se pode excluir um país como a República Dominicana, que tem aproximadamente 63 mil acomodações, mais do que os outros países do Caribe, com exceção talvez de Cuba e do Caribe mexicano. Os investimentos espanhóis na República Dominicana reprsentam de 75 a 80% dos investimentos totais. Isso tem provocado que o Caribe hispânico tenha uma maior relevância.

Por outro lado, essas empresas hoteleiras estão agora também na Jamaica e Aruba, e vão continuar com esse processo de expansão. Assim, a eleição de um presidente de língua espanhola na CHA é o reconhecimento de que a organização precisa de uma reformulação. No meu discurso de aceitação falei disso e fui aplaudido. Meu próximo discurso, o de tomada de posse, será em ambos os idiomas.

Simon Suárez, também dominicano, antecedeu o senhor na presidência da CHA. Acha que isso foi uma vantagem para sua carreira na organização?

Simon abriu as portas para que os hispanoparlantes assumissem a presidência por dois anos. Sem dúvidas ele impulsionou minha carreira na organização, pois não há antecedentes de que alguém chegasse à presidência apenas em quatro anos. Ele impulsionou minha eleição com apoio de um grupo numeroso de pessoas porque fui eleito por unanimidade. Meu compromisso agora é continuar o excelente trabalho dele e colocá-lo num patamar superior.

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