Enrique de Marchena Kaluche, presidente eleito da Associação de Hotéis do Caribe (CHA)

28 de Janeiro de 2008 7:04pm
godking

Em junho de 2008, Enrique de Marchena assumirá oficialmente a presidência da CHA. Entre seus objetivos: o fortalecimento da entidade mediante o convite a importantes agentes do turismo no Caribe. A respeito da entrada na Associação das redes espanholas, deram-se os primeiros passos no final de 2007. Sobre essas primeiras ações e outros propósitos acerca do futuro imediato da CHA, o executivo conversou com a Caribbean News Digital.

Em 2007 a CHA visitou diversos países da Europa, entre eles a Espanha. É a primeira vez que isso acontece, pelo menos neste mercado. Qual a sua opinião a respeito disso e quais são seus planos a partir de junho?

A CHA tomou a decisão de propiciar a integração das grandes cadeias hoteleiras espanholas com presença no Caribe e dos hoteleiros da região que representamos. Foi uma idéia do atual presidente da organização, Peter Odler. Ele me pediu que eu liderasse essa ação e eu aceitei com muito prazer. A primeira reunião foi realizada em setembro de 2007, em Palma de Mallorca, com a presença dos grandes da hotelaria espanhola como Gabriel Escarrer, Miguel Fluxá, Abel Matutes, Pablo Piñero e outros muitos com interesses no Caribe, e as conclusões foram muito positivas.

Os hoteleiros espanhóis têm de 25 mil a 30 mil apartamentos no Caribe e sabem que, além dos aspectos empresariais, devem ter uma liderança nas discussões sobre o turismo no Caribe. Um dos resultados do encontro foi a criação da Iberhotel, uma organização não lucrativa que reúne as grandes cadeias espanholas. Seu presidente é Adolfo Fabieres e a organização reúne outras empresas além da Sol Meliá, Iberostar, Bahía Príncipe e Fiesta que já têm uma presença na CHA.

A Iberhotel quer fazer parte do Conselho de Direção da CHA e o pedido foi aprovado pelo Comitê Executivo.

A CHA e a Organização de Turismo do Caribe (CTO) vão realizar um encontro em Washington no mês de junho para potenciar a liderança no Caribe, algo que está em harmonia com as aspirações das cadeias hoteleiras espanholas. Em Washington haverá encontros com os embaixadores das ilhas caribenhas, com seus ministros das finanças e turismo, e com outras importantes personalidades nas quais será discutido o futuro do turismo no Caribe.

Tenho informações de que 44% dos apartamentos hoteleiros do Caribe são propriedade espanhola. Poderia confirmar esse dado?

Não sei se a cifra é tão alta assim. Acho que a CHA tem 120 mil apartamentos registrados e devemos assumir que no Caribe há um pouco mais, mas não acho que a cifra seja tão alta. Poderíamos falar de 20%, que é uma quantidade muito significativa.

Essa cifra inclui o México?

Sim, o Caribe mexicano e Cuba, um membro ativo.

E o senhor como vai estabelecer suas prioridades de gestão, por exemplo no tocante à participação em feiras como a Fitur, na qual nunca participaram?

Eu pessoalmente vou estar na Fitur 2008, como nas últimas edições. A partir de 2009 a CHA deverá ter uma maior participação nessa feira. É um dos meus objetivos.

É verdade que foi contratada uma agência inglesa para a comunicação da CHA e da CTO no mercado europeu?

Não sei disso. O que sei é que Richard Kant, que foi um colaborador da CHA durante muitos anos, vai se encarregar das Relações Públicas da Associação.

Poderia mencionar outras políticas que implementaria como presidente da CHA a partir de junho?

Outro objetivo importante seria que a CHA integrasse os projetos hoteleiros, os de bens imóveis e os ligados a outros ramos do turismo. Isso faria com que a CHA se tornasse a Associação para a Hospitalidade no Caribe.

A CHA vai continuar organizando a Caribbean Investment Conference?

Sim. A edição deste ano será em Trinidad e Tobago, no mês de maio. Em 2008 vamos comemorar o décimo aniversário da realização dessa conferência e esperamos que o sucesso seja ainda maior a partir de agora.

Vão aplicar alguma política com as empresas hoteleiras espanholas que não estão presentes na CHA, por exemplo a RIU?

Penso que as redes espanholas devem apreciar os benefícios que representa sua entrada na Associação. Os hoteleiros espanhóis chegaram ao Caribe através da República Dominicana e o fato de que um dominicano como eu tenha chegado à presidência é um avanço para a integração, e as empresas espanholas devem estar satisfeitas por isso. Esperamos que as que não se registraram ainda na CHA, não demorem.

Back to top