Estudo revela comportamento dos turistas portugueses
Os portugueses gastam em média 8 horas no planejamento das suas viagens, utilizando mais horas na organização quando viajam em lazer. As épocas preferidas para viajar são o verão, os fins-de-semana e pontes, e a internet é o meio mais utilizado para realizar as reservas dos hotéis. Ao chegar ao quarto do hotel um dos comportamentos mais freqüentes dos portugueses é conferir se está tudo em ordem, abrir armários e gavetas, ver a vista da janela e verificar a casa de banho. Após a estadia, têm o hábito de dar referências do hotel a outras pessoas e falar com os amigos e família sobre o hotel.
Os portugueses privilegiam a época do verão para viajar, dando também importância ao fim-de-semana e às pontes. Assim demonstra um estudo realizado pela Synovate para a cadeia hoteleira multinacional NH Hoteles, que analisa o comportamento dos portugueses enquanto utilizadores de serviços hoteleiros. O estudo está dividido em três momentos de análise chave do comportamento do turista português: o momento antes da estadia, o momento durante a estadia e o momento após estadia.
Desta forma, são obtidas várias conclusões que nos dão a conhecer o português enquanto turista,assim como os seus hábitos, escolhas, preferências e atitudes.
O estudo começa por revelar, ainda num âmbito mais geral, que os portugueses realizam em média 3 viagens de lazer por ano. Um número que aumenta quando se trata de viagens de negócios efetuadas, sendo realizadas em média 7 deslocações em trabalho por ano. No que refere à época eleita pelos portugueses para viajar, no topo da lista está o verão com 96% das respostas a confirmar que os portugueses viajam durante esta estação do ano. A segunda época com mais procura para viajar são os fim-de-semana, seguidos das pontes.
Como preparamos as nossas viagens?
No momento de organizar a viagem, os portugueses gostam de partilhar as decisões e os detalhes da mesma, preparando conjuntamente a viagem com outras pessoas. Apenas 26% dos inquiridos organiza e decide tudo individualmente.
Os portugueses dedicam em média 8 horas na organização das suas viagens. No entanto, são gastas mais horas quando se planeia uma viagem de lazer, cerca de 10 horas, do que quando se organiza uma viagem de negócios, em que apenas são utilizadas 5 horas. Cerca de 53% do planejamento da viagem é realizado a partir de casa e 33% desde o trabalho. No entanto, quem organiza viagens de lazer leva mais tempo a organizar desde casa, enquanto quem viaja em negócios, o local de trabalho é o local mais privilegiado para a procura de informação.
Para ajudar na organização e recolher informação sobre destinos, a internet surge como o principal canal de informação para os portugueses, uma vez que 90% dos inquiridos privilegia este meio. Menos utilizado que a internet, mas igualmente importante como instrumento de recolha de informação, estão também as agências de viagens, com 58% de respostas, e os amigos com 45%. Em termos de temática da informação, a mais procurada recai sobre os locais de lazer e os pontos turísticos. Outras informações procuradas são restaurantes e bares, assim como programas culturais a realizar no destino.
No momento de realizar a reserva do hotel, a internet volta a ser a primeira opção dos portugueses. Cerca de 62% dos inquiridos reserva o hotel recorrendo às novas tecnologias, embora o telefone e as agências de viagens continuem ainda a ter grande utilização com 48% e 40% respectivamente.
A localização do hotel é o fator mais importante para o turista português quando escolhe um hotel e quando realiza uma reserva. O fato de devolverem o dinheiro se a reserva for anulada é também um fator decisivo nesta escolha, dando também importância ao fato da casa de banho ter duche ou banheira e o horário do check-in e check-out.
O hotel e as escolhas dos portugueses
Quando chega ao quarto do hotel, o comportamento mais típico do turista português é verificar se tudo está em ordem. Desta forma, 72% dos inquiridos revela que dá uma volta geral ao quarto e que abre as gavetas e os armários para verificar se está tudo bem. Existem outros comportamentos confessados também com grande relevância como o de ver a vista da janela e verificar a casa de banho. Os clientes portugueses têm também o hábito de passar por todos os canais de TV, e adotam os
mesmos hábitos que têm em casa, levando os chinelos de casa para usar no quarto e dormindo do mesmo lado da cama que dormem em casa.
Por outro lado, existe uma reduzida percentagem que refere consumir bebidas do mini-bar sem dizer na recepção (2%), outros que admitem ver canais eróticos dizendo que aconteceu por engano (2%) ou confessa que tem o costume de se deitar na cama com os sapatos calçados (3%). No entanto, a maior percentagem destes comportamentos geralmente não confessados recai no costume de levar comida para dentro do quarto e no tomar banhos mais demorados do que em casa, ambos com cerca de 16 % de respostas.
Nos quartos é imprescindível a qualidade de serviço e a comodidade. Assim, os portugueses apreciam que o hotel deixe uma garrafa de água por cortesia, sendo este um gesto apreciado por quase todos os inquiridos. Outros aspectos considerados importantes são: os quartos terem persianas e uma boa insonorização e na casa de banho, o duche ter porta em vez de cortina e que possa ser regulável.
Para quem viaja em trabalho existem outros atributos também bastante valorizados pelos clientes:
Poder apagar a luz principal desde os interruptores da cama, fornecer a chave à chegada independentemente da hora e ter wirelless gratuito no quarto são considerados detalhes importantes.
Relativamente aos comportamentos dos clientes no exterior do quarto, observa-se que caso o pequeno-almoço não esteja incluído no preço, os clientes não têm o hábito de se dirigirem ao restaurante. O estudo apresenta também comportamentos geralmente menos declaráveis. Desta forma, cerca de 2% reconhece levar a roupa suja para aproveitar o serviço de lavanderia, tirar os cartões de "não incomodar" dos outros quartos, levar produtos do carrinho de serviço de quartos e atribuir o consumo do pequeno-almoço ou outra refeição a outro quarto. Estes comportamentos são escassamente declarados entre os inquiridos.
Em relação aos serviços adicionais oferecidos pelo Hotel, podemos verificar que os portugueses dão bastante importância ao fato do hotel disponibilizar informações sobre atividades no exterior (74%).
Para o turista português é também muito importante a existência de piscina com horário alargado (60%) e ginásio com horário alargado (47%). Mas quando inquiridos sobre quais estes serviços os portugueses estariam dispostos a pagar, as respostas alteram-se.
Comparando a importância com a disponibilidade para pagar, existem serviços que apesar de serem considerados importantes o hotel possuir, os clientes estariam menos dispostos a pagar, nomeadamente a piscina, ginásio e spa com um horário alargado e reserva de bilhetes para espetáculos. O serviço que os inquiridos demonstram uma maior disponibilidade para pagar é o serviço de arranjos de roupa, apesar de não ser considerado um dos mais importantes.
No regresso da viagem
Depois de regressar da viagem os portugueses têm por hábito dar referências do hotel a outras pessoas e falar com os amigos e família sobre o hotel no qual ficaram instalados. Caso a experiência no hotel tenha sido positiva 7 em 10 portugueses confessa que procuram escolher a mesma cadeia para futuras viagens. No entanto 20% dos inquiridos refere que prefere sempre conhecer novos estabelecimentos nas suas viagens.
Outra das conclusões do estudo é o fato dos portugueses ainda serem pouco opinativos nos novos meios online partilhando pouco a sua opinião e experiência enquanto viajantes. Desta forma, apenas 19% dos inquiridos conta que quando a experiência é positiva publica a sua opinião na internet em sites de turismo, fóruns ou blogs. Quando a experiência é negativa cerca da mesma percentagem de inquiridos (18%) admite que publica também a opinião menos positiva na internet.
Sobre NH Hoteles
A NH Hoteles (http://www.nh-hoteles.com/) ocupa o terceiro lugar do ranking europeu de hotéis de negócios. A cadeia tem 344 hotéis com 50.707 quartos em 22 países da Europa, América e África. A NH Hoteles tem atualmente 60 projetos de novos hotéis em construção, que supõe um aumento de 11.000 novos quartos.
Os hotéis NH destacam-se pela sua qualidade tanto nos serviços como nas instalações, com uma decoração muito cuidada, e pensada para agradar os diferentes gostos, uniforme e com a qual o cliente se sente cômodo. Os estabelecimentos de NH Hoteles contam com as mais avançadas tecnologias para facilitar o cliente tanto na comunicação como no trabalho e no entretenimento.
Em Portugal, a cadeia NH Hoteles conta já com 3 unidades hoteleiras na capital lusa, situadas perto das zonas histórica e financeira da cidade. NH Liberdade, NH Campo Grande e NH Parque Lisboa são as propostas de NH Hoteles que visam abranger as várias zonas de Lisboa.
NH Hoteles é cotado na Bolsa de Madri (pertence ao seletivo Ibex 35).