Ewald Biemans, proprietário e gerente geral do Bucutti Beach Resort, e presidente da Associação de Hotéis e Turismo de Aruba
Como empresário e membro do trade turístico de Aruba, o Sr. Biemans tem participado em várias edições da Conferência de Hotelaria e Turismo do Caribe - CHTC, e faz agora algumas sugestões no sentido de melhorar a organização dos eventos na região.
Quais os resultados da última edição da Conferência de Hotéis e Turismo do Caribe - CHTC 2007 para Aruba e para os hoteleiros?
Pessoalmente foi satisfatória, como sempre, mas verifiquei que houve menos participantes. Isso pode estar ligado ao fato de que a CHA organiza vários eventos no ano; alguns têm uma melhor organização e atraem mais participantes. Também pode estar ligado ao conteúdo da Conferência. Eu lhes sugeri combinar dois eventos, o que atrairia segmentos diversos.
A conferência sobre investimentos em Curaçao aconteceu recentemente, por exemplo, mas poderia ser realizada no âmbito da CHTC e atrairia os investidores, mas também participariam os maioristas e hoteleiros num único evento.
O que acha que deveria melhorar ainda na CHTC?
O conteúdo das reuniões. O programa poderia incluir cursos sobre alimentos, bebidas, seguros e segurança, por exemplo. Nesta ocasião, os organizadores reduziram o tempo do evento e não foi possível incluir cursos, que são muito interessantes para os hoteleiros.
O evento foi concebido para as ilhas de língua inglesa, mas também participaram algumas pessoas das ilhas de língua francesa, de Curaçao, da República Dominicana e do Caribe mexicano. Não acha que falta alguma coisa para que esses territórios tenham uma maior representatividade?
As ilhas holandesas estão aqui e Curaçao tem uma boa representação, mas acho que o Caribe de língua espanhola não está bem representado. Penso que é uma questão de língua, mas disseram-me que estão traduzindo todos os programas para o espanhol, francês e inglês. Não se deve esquecer que a língua internacional da hotelaria é o inglês e que as traduções são caras.
A tradução simultânea não é tão cara e talvez pudesse ser barata num evento como este. Não seria talvez um problema de conceito e não de tradução?
Acho que os jornalistas deveriam dizer à CHA que a falta de tradução é um problema para as pessoas que não falam inglês. A tradução poderia ainda melhorar a influência das ilhas de língua espanhola num evento como este.
Qual a vantagem destes eventos em relação às feiras européias?
Isto não tem nada a ver com a WTM de Londres ou com a ITB de Berlim. Trata-se de uma reunião entre colegas do Caribe para conversar, trocar déias e conhecer os produtos mais sofisticados do mercado. É uma questão interna do Caribe.
Seu hotel é verdadeiramente excepcional no Caribe pelo seu conceito ecológico. Há programas nestes eventos que potencializem a ecologia e o meio ambiente na hotelaria do Caribe?
A Aliança Caribenha para o Turismo Sustentável - CAST é uma organização da CHA que me ajudou muito. Eles me entregaram os guias, os contatos e a informação de que precisava quando comecei a implementação de projetos ambientais no hotel. Agora estão tentando arranjar fundos internacionais para ampliar o projeto nos restantes países do Caribe.