Félix Jiménez, ministro do Turismo da República Dominicana

13 de Abril de 2007 3:06am
godking

A República Dominicana encerrou 2006 com crescimento de 8,4% na chegada de turistas, número que deve aumentar em 2007. Nesse sentido, os dois primeiros meses deste ano mostraram um aumento significativo. A qualidade da hotelaria e a criação da infra-estrutura constituem uma preocupação constante das autoridades dominicanas, que querem atrair visitantes de maior poder aquisitivo.

O senhor poderia comentar o desempenho do mercado turístico dominicano no primeiro trimestre do ano?

Em janeiro o crescimento foi de 6%. Eu acho que o crescimento de 2007 só poderia ser afetado pela exigência de passaporte para os cidadãos norte-americanos.

No primeiro mês do ano não fomos afetados pela medida, o que sim aconteceu no México, por exemplo. Sem dados precisos, acho que em fevereiro o aumento foi ainda maior visto que não havia disponibilidade de alojamento. Todos os hotéis tinham ocupação de 100% e acho que foi igual no mês de março. No mês de abril a ocupação deve ser superior a 90%. Assim, acho que podemos esperar um crescimento de 7% no primeiro trimestre.

Quanto ao mercado alemão, houve queda como em outros destinos?

Houve uma redução do turismo alemão no Caribe em 2006 e na República Dominicana a queda foi de 3%. Consideramos que houve duas razões: primeiramente a Copa Mundial de Futebol na Alemanha e, depois, a prolongação do verão na Europa.

Em 2006 recebemos 226.000 alemães, sendo o primeiro país receptor desse mercado no Caribe, seguidos por Cuba, que talvez chegasse aos 130.000 turistas alemães e Cancun, com cerca de 30.000.

Na República Dominicana, o que mudou foi o poder aquisitivo desse mercado. No ano 2000 recebemos mais de 400.000 alemães. Porém, as despesas dos 226.000 do ano passado foram muito superiores às dos 400.000 há cinco anos.

Qual o consumo do turista alemão fora dos hotéis na República Dominicana?

Gastam mais de mil dólares durante uma estadia de 11 ou 12 noites em média, de modo que o gasto aproximado é de cem dólares por dia.

O atual governo investiu muito na infra-estrutura. Qual é a situação das rodovias e como avança a recuperação das praias?

Recuperamos as praias de Puerto Plata, Cabarete e Juan Dolio que ficaram espetaculares, como as melhores do país.

Também avançam os programas de construção de rodovias e de habitações para os trabalhadores do setor hoteleiro, além do sistema sanitário de Puerto Plata, Las Terrenas e Cabarete.

Proximamente vamos começar os sistemas sanitários de Luperón, Río San Juan, Samaná, Las Galeras, Juan Dolio, Guayacanes e Najayo Palenque - zonas que fazem parte dos programas de desenvolvimento turístico a leste de Santo Domingo - e também o de Jarabacoa, que é o principal pólo turístico de montanha.

No verão de 2007 vamos iniciar a construção de estradas secundárias que permitirão alugar um carro em Punta Cana e chegar a La Romana em menos de uma hora e a Santo Domingo em duas horas e meia. Outras rodovias previstas são as que ligariam os aeroportos El Catey e o de Samaná com Las Terrenas.

O projeto mais ambicioso é a rodovia que vai ligar o Norte e o Sul da República Dominicana através da cordilheira central do país, com 234 km de comprimento e cujo custo seria de US$ 80 milhões. Esse será um corredor turístico muito importante porque vai unir zonas de pescaria e mergulho, e zonas de caça.

É um programa de infra-estruturas muito ambicioso, que deve estar pronto no verão de 2009, de modo que haverá mudanças substanciais nos próximos anos.

E quanto ao acesso do aeroporto à cidade de Santo Domingo?

Essa estrada já está quase terminada. Faltam alguns trechos muito pequenos e a sinalização. E falando em sinalização, temos um programa de sinalização previsto para todas as zonas turísticas de Santo Domingo a Punta Cana, de Santo Domingo a Puerto Plata e dali a Samaná, e de Santo Domingo a Barahona.

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