Francisco Teixeira, director geral da Royal Caribbean para Portugal

05 de Fevereiro de 2007 9:24pm
godking

O mercado português da Royal Caribbean, a sua expansão a partir de novas alianças e as suas operações nas Caraíbas e no resto dos destinos latino-americanos, eis alguns dos temas tratados pelo seu director geral para Portugal.

Quantos cruzeiristas envia a Royal Caribbean de Portugal para as Caraíbas anualmente?

Enviamos entre 3.000 e 3.500 passageiros, mas o mercado português em geral deve enviar aproximadamente 6.000 anualmente.

E para a República Dominicana?

Neste momento não operamos na República Dominicana. A Royal Caribbean começará a operar esse destino em dezembro de 2007 até março de 2008. Achamos que é uma boa opção para o mercado europeu e para os portugueses. Torna-se muito atraente pelas facilidades em termos de vistos. Na actualidade, a oferta da Royal Caribbean para a República Dominicana é por um período de três a quatro meses.

Têm algum cruzeiro para Aruba?

Não. Temos um navio que sai de San Juan, em Porto Rico, e que faz escala em Aruba.

Nunca fizeram uma extensão de viagem para aquela ilha?

Nós não, porém talvez haja agências individuais que o façam, mas não é o nosso caso.

Trabalham o mercado centro-americano como Royal Caribbean?

Não. Trabalhamos um pouco o destino Brasil e olhamos com muito interesse a penetração do mercado português nos destinos sul-americanos, principalmente nos cruzeiros de Valparaíso a Buenos Aires. Aí há um incremento do mercado muito interessante. Todavia, é um destino mais reduzido, não é de massas. Os navios só viajam de novembro ou dezembro até março, de modo que é limitado quanto ao tempo.

Qual o significado de Cozumel e das Caraíbas mexicanas para a Royal Caribbean Portugal?

É um dos destinos mais apreciados ainda que não tenha os números exactos. Os navios que viajam para Cozumel são os que cobrem os roteiros no oeste das Caraíbas.

Nas escalas em Cozumel ou Cancun, os cruzeiristas podem visitar um parque temático como Xcaret, por exemplo?

A escala da Royal Caribbean é apenas em Cozumel, não em Cancun, mas há uma oferta de excursões muito ampla.

Segundo a concorrência existente neste momento no mercado das Caraíbas e no de cruzeiros, qual é a posição actual da Royal Caribbean no mercado português?

A Royal Caribbean ocupa entre 28% e 30% do mercado, ou seja, a marca tem um posicionamento muito bom no mercado português. Os operadores, os pacotes de viagem e os hotéis fazem com que a concorrência para as Caraíbas seja muito forte, mas mesmo assim Portugal tem operações muito interessantes em termos de Caraíbas. Porém isso não impede que aqueles que hoje são os nossos clientes, viajem para as Caraíbas de outra forma amanhã e vice versa.

Qual o preço médio de uma passagem num cruzeiro da Royal Caribbean?

Em média, o preço de uma cabine interior é de € 600 ou € 700, enquanto o de uma cabine com varanda pode variar entre € 900 e € 1.000. Isso está muito ligado à ocupação, mas em geral os preços são muito competitivos. No mercado de Portugal o nosso principal problema é que somos "fly cruise", ou seja, 50% do custo das viagens correspondem à passagem aérea e a uma noite num hotel. Isso faz com que o target para os cruzeiros nas Caraíbas seja mais reduzido.

O que é que significou em termos de concorrência ou de aliança no mercado português a entrada da Pullmantur ao grupo Royal Caribbean?

Acho que foi uma decisão muito boa da Royal Caribbean porque a Pullmantur é uma marca com grande presença no mercado espanhol e sul-americano. Do ponto de vista estratégico, a Royal Caribbean posiciona-se também em mercados que não operava ou cujos seus produtos são de característica mais internacional, e faz isso com uma marca adequada como a da Pullmantur.

Isso quer dizer que se abre também ao mercado europeu?

Há mais de dez anos que a Royal Caribbean está no mercado europeu e acho que esse processo será agora mais consolidado. A Pullmantur dá à Royal Caribbean uma maior especialização para as operações nos mercados latinos, por exemplo. Também é possível uma maior especialização no mercado latino-americano. Isso faz com que a penetração na Europa se consolide, principalmente nos nossos mercados.

A diferença fundamental entre a Royal Caribbean e a Pullmantur é que esta tem aviões. Por acaso a Royal Caribbean irá apoiar a utilização desses aviões para os cruzeiros que não sejam da Pullmantur de maneira que se estabeleçam operações mistas entre as duas marcas?

Ainda é cedo para chegarmos a uma conclusão nesse sentido. A decisão é recente e acho que ainda há muita coisa para ser avaliada. Poderia ser uma possibilidade, mas pessoalmente penso que estaremos longe disso.

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