Hotéis Decameron com uma política de expansão bem-sucedida

21 de Novembro de 2011 8:39am
Hotéis Decameron com uma política de expansão bem-sucedida

A rede hoteleira Decameron abrirá o Hard Rock Megápolis Panamá em 2012, nesta ocasião com o grupo norte-americano Hard Rock. Sobre esse empreendimento, a política de crescimento da empresa nas Américas em destinos poco explorados e os mercados que tem na mira, como o Brasil, a Caribbean News Digital falou com Juan Carlos Fernández Friera, diretor comercial internacional.

Quantos hotéis tem Decameron no mundo?

-São 35 no total. Dos três na África, temos um em Marrocos, um em Cabo Verde e outro em Senegal. Já os outros 32 estão nas Américas, concretamente em El Salvador, Panamá, Colômbia, Jamaica, Peru e Equador, com um total de nove mil apartamentos incluindo os novos projetos.

Poderia falar da próxima abertura no Panamá?

-O Hard Rock Megápolis Panamá, com 1.500 apartamentos, vai abrir em 2012, combinando as características de hotel de cidade e de all-inclusive em determinadas áreas do estabelecimento.

Vai ter cassino?

-O hotel tem em frente o cassino do Cirsa, ao qual tem acesso direto, além de um centro de convenções, spa e várias piscinas. O design é Hard Rock, na tendência do que desenvolveu esse grupo nos últimos anos. Tem acesso ainda a uma área comercial, daí o nome de Megápolis.

Qual a política de expansão no mercado?

-Decameron tem muito sucesso nos mercados nacionais porque tem uma estrutura comercial exemplar, bem organizada e distribuída. Na Colômbia, por exemplo, temos 23 pontos de venda direta e vários call center; no Panamá temos também um grande call center de venda direta e pontos de venda em El Salvador, Costa Rica, Guatemala, México, Venezuela, Peru, Equador, Chile, Argentina, entre outros países.

Sempre tivemos presença nos mercados do Canadá - onde crescemos com a operadora Transat - e da França, e agora estamos tentando atrair novos mercados internacionais que podem ser os Estados Unidos, concretamente o sul da Flórida ou Orlando, que são interessantes para a Jamaica, Panamá ou Colômbia.

Temos ainda interesse no Brasil. Participamos da ABAV, viajamos frequentemente para São Paulo e vamos participar no Festival de Turismo de  Gramado.

Interessa-nos ainda o mercado do Leste Europeu e da Rússia, e queremos ampliar nossa presença no Caribe na República Dominicana ou Riviera Maya, porque já estamos na Jamaica e na ilha de San Andrés com seis hotéis.

Um dos projetos que temos que apoia essa expansão é uma maior presença na Internet, criando websites diferenciados por países, com ofertas específicas para cada mercado.

A empresa tem acordos preferenciais com operadores que vendem na Internet?

-Trabalhamos bastante com a Expedia, Booking.com e estamos começando com HotelBeds, abrindo-nos a cada vez mais para o mundo do comércio eletrônico, também com operadoras mais pequenas.

Ao participarem das feiras, procuram o trade ou o consumidor final?

-Nas feiras tentamos fechar acordos com operadoras, da maneira mais clássica, em vez de participarmos diretamente em campanhas publicitárias caras com orçamentos difíceis de controlar, mas já nos mercados locais somos muito ativos em campanhas voltadas para o consumidor final, como é o caso da América Latina.

Quantos hotéis têm no Panamá?

-Temos um all-inclusive em Playa Blanca com 1.200 apartamentos e campo de golfe, e o Radisson Decápolis, vizinho do Hard Rock; de maneira que temos um projeto Megápolis que é uma zona Decameron com ambos os hotéis.

Quem são os proprietários de Decameron?

-Decameron nasceu na Colômbia e o nosso presidente e acionista principal é Lucio Garcia, de nacionalidade argentina. O modelo de desenvolvimento é diverso, tendo hotéis em propriedade, aluguel, gestão e parcerias com parceiros locais.

Decameron tem companhia aérea própria?

-Não temos companhia aérea mas fazemos nossas próprias operações charter do Equador para a Jamaica ou Panamá, por exemplo, de modo que garantimos a capacidade total dos nossos hotéis.

O que significa a Argentina para vocês?

-É um mercado importantíssimo que gosta muito dos nossos hotéis em San Andrés. Eles viajam muito também para o Panamá e agora começam a viajar para a Colômbia.

Estamos começando a trabalhar o Brasil e acho que o novo hotel no Panamá pode ser importante para esse mercado.

Qual será o próximo destino que vão abrir como hotel?

-O Peru, onde estamos construindo o primeiro all-inclusive de praia, no sul do país. É um Royal Decameron que vai ser inaugurado no mês de março próximo.

O que acha da integração vertical que está começando com as operadoras alemãs, com uma política de compra o gestão hoteleira?

-Isso faz parte da globalização e temos que aceitá-lo, mas é um fator de concorrência preocupante.

A situação para os pequenos hotéis sem um produto diferenciado é muito difícil. A nossa política em Decameron é de crescer em destinos novos onde não estão as grandes redes como El Salvador, Panamá, Equador, Peru, Cartagena das Índias, na Colômbia,  onde temos um empreendimento muito interessante na ilha de Baru... Essa é a ideia, tentando nos diferenciar das grandes redes, uma preocupação constante dos hoteleiros.
 

Back to top