Ignacio Martín, diretor-geral do Meliá Cohíba, Cuba
O Meliá Cohíba, que há alguns dias comemorou 15 anos de funcionamento, foi o primeiro hotel urbano da rede espanhola em Cuba. Apaixonado pelas coisas bem feitas, seu diretor conta a evolução do estabelecimento, uma referência na Ilha.
Qual a importância do Meliá Cohíba na rede Meliá?
O Meliá Cohíba é o nosso hotel de bandeira em Cuba e de certa maneira estabelece o caminho da rede na ilha. É um hotel escola no qual trabalharam alguns dos atuais diretores em Cuba e continua sendo uma referência quanto aos padrões empresariais para os restantes hotéis.
Quais são esses padrões?
São padrões de hotéis urbanos que foram adaptados a hotéis de sol e praia, aspectos técnicos e de gestão, comportamento e atendimento ao cliente, recepção, trabalho nos quartos... Coisas básicas, mas que são importantes no dia a dia. Do ponto de vista gastronômico, os cardápios desenhados aqui foram servidos depois nos demais hotéis da ilha. Os três primeiros hotéis (Sol Meliá, Meliá Varadero e Meliá Las Américas) e o Meliá Cohíba marcaram o início do estabelecimento da empresa em Cuba.
E o motivo para que a Sol Meliá escolhesse esse hotel como o primeiro estabelecimento urbano em Cuba?
Só de ver os alicerces, o nosso diretor geral, Gabriel Cánaves, já via que podia ser um Meliá. Você sabe que a Sol Meliá tem diversas marcas e a Meliá Hoteles é muito forte. Naquela época já víamos que era um grande hotel, validado pelo número de apartamentos e de salões, e pelo número e variedade de restaurantes especializados para a satisfação dos clientes de negócios e de lazer. Nesses 15 anos o hotel foi renovado, há novos restaurantes e um serviço real.
O Meliá Cohíba é o preferido de muitos organizadores de eventos, qual a razão disso?
A Sol Meliá tem três hotéis urbanos em Cuba e os três são produtos diferentes. Os três estão bem preparados para a realização de eventos e banquetes, mas é indiscutível que o Meliá Cohíba está muito bem posicionado no segmento de grupos de incentivo. A empresa ou operadora que contrata os nossos serviços confia na nossa equipe comercial e de vendas, que é muito sólida e sabe como lidar com grupos grandes que podem ser de 300 ou 400 pessoas. O próprio hotel tem os apartamentos, salões de reuniões e de festa como o Habana Café, e outras facilidades que permitem realizar o evento sem que seja necessário sair do estabelecimento.
O que significou para o senhor dirigir esse hotel durante os últimos quatro anos?
O trabalho na Sol Meliá Cuba tem sido uma grande experiência. Foram 10 anos intensos em hotéis de praia e urbanos, mas sem dúvidas o Meliá Cohíba é o hotel que um executivo quer dirigir em Cuba. Na minha carreira há um antes e um depois do Meliá Cohíba, um hotel com situações e clientes diversos que é uma escola para um diretor.
A partir da sua experiência na hotelaria, o que acha do Meliá Cohíba em relação a outros hotéis do mundo?
As comparações podem ser feitas de duas maneiras, com hotéis de Cuba e do resto do mundo, ainda que sempre sejam injustas. Eu diria que o que não tem o Meliá Cohíba ou alguns hotéis em Havana, e que têm outros hotéis no mundo, pode ser compensado com amabilidade, com um serviço mais cordial - que o distingue - e com a paixão pelas coisas bem feitas. Às vezes um hotel não é um 5 estrelas por causa da tecnologia, que é importante, mas pela qualidade do serviço, por exemplo a gastronomia, que no nosso caso mistura as gastronomias caribenha e espanhola.
Eu acho que o Meliá Cohíba e o Meliá Habana são hotéis de nível global. Pode haver outros produtos mais avançados, mas sem a paixão pelas coisas bem feitas. Às vezes é mais difícil fazê-las, mas a satisfação é maior.