Investimento estrangeiro em América Latina cresceu seis por cento durante o primeiro semestre

14 de Outubro de 2013 3:01am
claudia

As correntes de investimento estrangeira direta para a América Latina, tiveram um moderado crescimento durante a primeira metade deste ano em comparação com igual período de 2012, informou a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, Cepal. 

Os 13 países da região que apresentam dados receberam US$ 102.951 milhões, 6% mais que o registrado durante o primeiro semestre do passado ano. 

O principal receptor foi o Brasil, que entre janeiro e agosto de 2013 absorveu  US$ 39.014 milhões, soma 10% inferior à recebida durante os mesmos meses do ano passado. Esta queda concentrou-se nos setores de siderurgia, alimentos e bebidas, e serviços financeiros, que justamente em 2012 registraram importantes aquisições empresariais. 

Graças a compra-a da empresa cervecera Modelo por parte de assina-a belga Anheuser-Busch InBev, México ultrapassou durante o primeiro semestre todo o investimento estrangeiro direto recebido em 2012. Ainda sem essa operação, valorizada em  US$ 13.249 milhões, a IED em México se teria elevado 15% com respeito ao mesmo período do ano anterior. 

Os fluxos de investimento estrangeiro direto também mostraram incrementos em Venezuela (44%), Peru (27%), El Salvador (27%), Panamá (19%), Costa Rica (15%), Uruguai (8%) e Colômbia (5%). 

Nos primeiros sete meses deste ano, as entradas a Chile diminuíram 26% em comparação com o mesmo período de 2012, ainda que esta queda obedece a operações extraordinárias registradas em abril, consigna a entidade. Em Guatemala, Argentina e República Dominicana uma grande aquisição aumentou consideravelmente as cifras de 2012 (Anheuser-Busch InBev comprou a Cervecería Nacional Dominicana em  US$ 1.237 milhões). 

Os dados apresentados correspondem à atualização que a cada ano realiza a Cepal das principais cifras do relatório, "O investimento estrangeiro direto na América Latina e o Caribe", cuja última edição foi lançada em maio. Neste sentido, o organismo confirma a tendência projetada nesse mês de um moderado incremento da IED na região durante 2013. 

Com respeito às saídas de investimento direto, observou-se um descenso durante o primeiro semestre do ano. Os 10 países da região que apresentam dados somaram  US$ 6.385 milhões de investimento no exterior durante os primeiros seis meses do ano, contra os 24.446 milhões contabilizados em igual período de 2012. 

México, que tinha marcado fluxos recorde para o exterior no ano passado, os reduziu 71% na primeira metade de 2013, enquanto o Brasil mostrou um descenso de 36% porque se acentuou a tendência das empresas brasileiras de endeudarse com seus filiais no estrangeiro. Em Chile o investimento para o exterior também registrou uma queda que, ao igual que no caso das entradas de IED, se concentrou no mês de abril. 

Os fluxos de IED para o exterior, que atingiram cifras históricas nos três anos anteriores, seguem sendo muito volátiles, afirma a entidade. Não obstante, a expansão das empresas multinacionais latinoamericanas (translatinas) continua à alça e espera-se que os montos da segunda metade do ano superem aos do primeiro semestre, principalmente porque se contabilizarão algumas grandes aquisições transfronterizas já fechadas (a empresa chilena Corpbanca comprou Helm Bank Colômbia, a também chilena Entel adquiriu Nextel Peru e a assinatura colombiana Nutresa comprou a empresa de alimentos de Chile Tresmontes Lucchetti). 

Os dados preliminares para 2013 indicam que após três anos de alças continuadas e cifras históricas, América Latina continua atraindo investimento estrangeiro direto em montos crescentes. 

(Fonte: AméricaEconomía.com) 

 

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