Investimentos hoteleiros caem na Espanha, mas continuam na América

05 de Setembro de 2008 1:24pm
godking

Apesar das incertezas econômicas, as grandes redes espanholas continuam a investir em resorts no Caribe e não apenas em destinos maduros como a República Dominicana ou Riviera Maya, mas também em destinos emergentes como Los Cabos, no Pacífico mexicano, ou em Natal e Fortaleza, no Nordeste brasileiro.

Em cidades latino-americanas os investidores procuram prédios emblemáticos que acrescentem valor aos novos hotéis urbanos como em Santiago, no Chile, Salvador da Bahia ou na Cidade do México.

Já no Leste Europeu agem com maior precaução só se houver prédios representativos em Varsóvia, Budapeste, Praga ou Bucareste.

Estas são algumas das conclusões da última pesquisa sobre investimentos hoteleiros da Jones Lang LaSalle Hotels, que conclui que "há uma queda das operações na hotelaria, principalmente nos Estados Unidos, embora continue sendo o setor de maior interesse".

De acordo com a mesma fonte, o litoral espanhol é atualmente o destino de maior risco para os investimentos "a partir da crise imobiliária e da economia em risco de recessão", segundo o vice-presidente executivo da consultora, Jordi Frigola.

Para Aurora Prat, vice-presidente sênior, "o investimento diminuiu no nosso país e na Europa caiu para o nível de 2003. Apesar da disponibilidade de produtos no mercado, os compradores preferem esperar uma maior queda dos preços, que registram decréscimo de 20% desde o início do ano".

Madri e Barcelona, com demanda internacional, só foram atingidas até agora pela queda do consumo, explica Frigola.

Dados da consultora apontam que de janeiro a junho a venda de hotéis significou US$ 13,9 bilhões, ou seja, uma queda de 76% em relação ao número recorde registrado no mesmo período de 2007. Por regiões, a redução é de 81% na América e de 59% na Europa, Oriente Médio e África.

Outras mudanças acontecem no mercado dos investimentos hoteleiros. Assim, oito em cada dez operações foram inferiores aos 100 milhões de dólares. Contrariamente a anos anteriores em que a atividade era impulsionada por fundos de capital privado, 22% das compras de 2008 foram realizadas por operadores hoteleiros e de apartamentos turísticos.

Por outro lado, enquanto os valores continuam sendo viáveis nos principais destinos mundiais, como na Espanha, aumenta o interesse por mercados emergentes como Tailândia, Vietnã, Rússia ou Turquia.

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