Jesús Almaguer, diretor do Escritório de Turismo e Convenções de Cancun
Apesar do impacto da epidemia de influenza no México na primeira metade de 2009, Cancun recuperou sua ocupação tradicional no verão passado e tem boas perspectivas para o próximo inverno. Entre as prioridades das suas autoridades turísticas, os mercados sul-americano e europeu.
Qual foi a estrategia de promoção de Cancun após a epidemia do vírus H1N1 no México?
Concentramos a promoção do destino no mercado norte-americano, mexicano, canadense, sul-americano e europeu, transmitindo sempre uma sensação de normalidade, com informações claras. No início houve muitas dúvidas devido à confusão com os dados e os números. A nossa estratégia foi o restabelecimento da confiança nos mercados mais importantes para Cancun e para o Caribe mexicano.
Como é que podem verificar o restabelecimento dessa confiança atualmente?
Na ocupação do verão e nas perspectivas do inverno, que são bastante boas a partir de dezembro.
Há outras estratégias para outros segmentos de mercado?
Temos identificado os nichos de mercado que queremos atrair como grupos e convenções, sol e praia, arqueologia, spa, saúde e wellness, e golfe. Temos diversos grupos de produtos e uma lista de mais de 200 atividades no destino para todas as preferências.
Um dos nossos diferenciais em relação aos outros destinos do Caribe é que temos o Caribe, o México e a cultura maia.
Da lista das 200 atividades, poderia mencionar as principais?
Temos esportes náuticos, excursões culturais, arquelógicas, turismo de aventura, cruzeiros, entre outras.
Poderia falar do turismo de grupos e de convenções?
O turismo de grupos e de convenções representa 20% do turismo que recebemos, o que significa cerca de um bilhão de dólares por ano.
Qual a interação do turismo de Quintana Roo com a Associação Hoteleira do Caribe e com a Organização de Turismo do Caribe?
A Associação Hoteleira de Cancun e a Riviera Maya pertencem à CHA e temos também acordos de troca de informação com a Organização de Turismo do Caribe quanto a estatísticas. Temos relações muito boas com eles porque somos um destino muito ativo na região do Caribe.
O que significa para vocês o Cone Sul? Participam das feiras do Brasil e da Argentina?
Participamos todos os anos das feiras do Brasil e da Argentina, que são os nossos principais mercados na América do Sul, além do Chile. É muito importante estar nas feiras deles, principalmente pelos voos que estão sendo programados.
Quais voos?
Há alguns voos programados da AeroMéxico, da Mexicana para Buenos Aires; o Chile está abrindo uma rota direta de Lima para Cancún e isso tudo estimula a nossa participação nas feiras da América do Sul.
E o Panamá?
O Panamá é também muito importante.
Com a Copa?
A Copa é a companhia de maior conectividade para Cancun.
Qual o comportamento do mercado panamenho?
Bastante bom, sobretudo pelas conexões através da Copa. Há muito turismo de lua de mel, que é um mercado muito importante no Caribe atualmente. Esse segmento representa mais de 18 milhões de quartos por noite no ano para a região e Cancún atrai 20-25% desse mercado, de maneira que é muito atrativo para a gente. Além disso uma cerimônia de casamento representa de 45 mil a 60 mil dólares por evento.
Quando vai começar o processo de recuperação das praias?
Daqui a três ou quatro semanas. Parte do equipamento já está em Cancun.