Jorge de Jesús, diretor geral da TAM para Espanha e Portugal
Com 42 destinos no Brasil, 17 na América do Sul, dois na América do Norte e cinco na Europa, a brasileira TAM já é a maior companhia aérea do hemisfério sul e está a caminho de se tornar uma empresa global. No mês de dezembro de 2007, inaugurou um vôo diário a Madri e em junho deste ano foi autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) a iniciar operações diárias para Lima.
Qual o interesse da TAM na Espanha e Portugal?
A Espanha e Portugal completam uma estratégia na Europa já que tínhamos um vôo diário para Londres, Frankfurt, Paris e Milão, mas faltava o sul da Europa. É um complemento para fecharmos a etapa inicial européia.
Qual o comportamento do turismo durante esse período na Espanha e Portugal?
Tivemos uma participação no mercado muito alta nos primeiros três meses deste ano. Começamos as operações em 22 de dezembro de 2007 e a segmentação dos nossos passageiros é muito variada. Apoiamos os operadores com boas tarifas e contratos muito razoáveis quanto a tempo e conhecimento do segmento. Operamos com todos os segmentos de mercado.
A TAM lidera o mercado doméstico do Brasil desde 2003 e encerrou o mês de abril com 47,1% de participação no mercado, enquanto o market share internacional foi de 72,5% entre as companhias brasileiras. Os acordos comerciais com empresas regionais permitem que cheguemos a 79 destinos no território nacional e mantemos acordos de code share com outras companhias internacionais que permitem ao passageiro chegar a outros 64 destinos.
Quais os resultados a partir da presença na Espanha e Portugal?
Os resultados são muito positivos nas duas rotas.
E as aeronaves?
Estamos utilizando o A-330 com 34 lugares na executiva e 171 na econômica. Neste ano estamos mudando a configuração de todas as aeronaves da frota nos vôos internacionais, que terão 4 lugares em primeira classe, 30 na executiva e 183 na econômica. Já temos alguns com essa configuração que vai ser a do nosso A-330.
Têm vôos compartilhados com outras companhias?
Na península Ibérica, concretamente com a TAP, temos quatro vôos diários: dois de São Paulo, um do Rio e outro de Brasília. Na França temos acordos de code share com a Air France.
Há uma notícia recente acerca de um vôo para Havana, como vai ser essa operação?
O vôo para Havana é um fretamento. Não é um vôo regular da TAM, mas um avião da TAM que está prestando um serviço a uma operadora do Brasil para Havana.
Novos destinos a partir da Espanha?
Por enquanto não. Agora temos que consolidar Madri e, no futuro, de acordo com os resultados, poderíamos pensar em novos destinos e novos vôos na Europa.
E novos destinos na Europa?
Também não posso falar nisso agora. É algo que o nosso presidente está analisando. Temos o problema da falta de aviões que é comum para toda a aviação. Isso não nos permite a expansão desejada, mas poderia haver novos destinos na Europa.
Qual a taxa de ocupação?
Muito boa. A taxa de ocupação nos vôos internacionais no mês de maio foi de 74% segundo as estatísticas de tráfego aéreo divulgadas pela ANAC.
Por que a sua presença na Euroal?
Isso está ligado a duas questões: a primeira é que somos uma companhia latino-americana - hoje voamos para 10 destinos internacionais na América Latina - e a segunda é a importância do evento na Espanha. A nossa presença era praticamente obrigatória.
Como é que têm estruturado as campanhas de publicidade e promoção?
No primeiro trimestre do ano realizamos um programa de ações diretas, principalmente com o trade. Para o público vai ser depois. Primeiramente o trade. Estamos executando o nosso programa em função do plano de marketing previsto.
Mais alguma coisa?
Queria ressaltar que somos a maior companhia aérea brasileira, líder na América Latina e a maior do hemisfério sul. No ranking mundial acho que estamos na 10ª posição e estamos caminhando para sermos uma companhia global comparável às grandes companhias da Europa. Num único dia transportamos 100.500 passageiros. Já começamos a ser uma companhia global e daí também a nossa participação no evento.