José Miguel Gaitán, subdiretor geral do Instituto Guatemalteco do Turismo

03 de Abril de 2007 8:07am
godking

As autoridades da Guatemala levam muito a sério o desenvolvimento turístico nacional. Sabem que as suas principais riquezas - natureza e cultura - são extremamente atrativas, por exemplo, para o mercado europeu, que cresceu 38% em 2006.

Em pouco tempo, fortes investimentos em infra-estrutura permitiram a ampliação de estradas, a construção de cinco aeroportos internacionais e há projetos para a construção de dois portos para navios de cruzeiro. Por outro lado, com o apoio do BID, muitas comunidades indígenas recebem a formação que lhes permite sua integração à atividade turística.

O senhor poderia mencionar as medidas governamentais para garantir a segurança dos turistas no país?

Uma das metas estabelecidas pelo governo do presidente Oscar Berger desde o início foi a segurança e a assistência ao turista. Temos um programa coordenado com os operadores turísticos para o monitoramento dos diversos roteiros e em cada local de interesse temos uma rede de oito pessoas para a assistência ao turista.

Hoje o nosso país é muito seguro, e isso foi reconhecido pela Associação dos Cônsules dos Países Amigos na Guatemala graças a um programa permanente para todo o turismo, quer seja de grupo o individual.

O cônsul norte-americano faz parte desse grupo?

O norte-americano e o alemão.

O que pode dizer do programa de construção de rodovias?

Muitas estão ainda em construção. A maior parte estará concluída em 2008. A rodovia de acesso à cidade de Quetzaltenango, a segunda cidade do país, terá duas pistas e quatro a do litoral sul até Cocales. Também estamos ampliando a rodovia que liga Guatemala a El Salvador. São obras dos últimos três anos.

Há outros projetos já iniciados como a rodovia periférica da Cidade da Guatemala, mas também estamos construindo cinco aeroportos internacionais e vamos começar dois portos para navios de grande porte no litoral do Pacífico e do Atlântico respectivamente. Este último é uma parceria com a Carnival e ficará pronto daqui a dois anos.

Como é que pensam melhorar as condições para o fluxo turístico proveniente do México à procura dos sítios arqueológicos do Sul?

Nossa idéia é a supressão das tramitações migratórias e alfandegárias, como já acontece nas fronteiras com Honduras, El Salvador e Nicarágua, mas é mais difícil no caso do México por determinadas circunstâncias que não permitem maior facilidade turística na fronteira mexicana.

O que é que está fazendo o governo para a integração das comunidades indígenas que não falam espanhol à atividade turística?

Há um programa com o apoio do BID para a formação de empresários turísticos nas comunidades indígenas. É um programa de longo prazo, com duração de mais de dez anos, que prevê a abertura de novos roteiros, a criação de pequenos empreendimentos de alojamento e serviços, e a restauração de monumentos, entre outros temas. É uma grande oportunidade para essas comunidades.

Nos três primeiros anos vamos identificar as comunidades que podem ser integradas ao programa a partir do potencial turístico dos diferentes locais onde se encontram.

Já funcionam os centros de formação?

Um dos projetos, por exemplo, já propiciou a formação de especialistas turísticos e florestais, e está encaminhado à melhora da qualidade vida, não apenas ao turismo. É um projeto piloto em parceria com o BID, desenvolvido na comunidade de Rio Dulce, na região de Itzabal, e que será implementado ainda em Petén, na zona de Verapases, e em Zacatepeque, na cidade de Antigua, do qual participarão também os camponeses pobres.

Sabemos que vão aumentar os vôos diretos da Espanha como centro de distribuição da Europa para a Guatemala através da Iberia. Qual o investimento previsto da Guatemala para campanhas promocionais em países como a Espanha, Alemanha, Áustria e Suíça?

Temos um convênio com a Iberia e nossa contribuição é de US$ 3 milhões, um milhão por ano. Estamos investindo muito, em parceria com a Iberia, para a ampliação do mercado. O presidente da Iberia anunciou recentemente que o mercado da Europa para a Guatemala teve um crescimento de 38% em 2006.

Os mercados da Alemanha, Suíça e Áustria são muito fortes no turismo emissivo para a Guatemala...

Exatamente. São turistas que gostam dos destinos exóticos e culturais como os nossos.

Podemos dizer aos alemães, austríacos e suíços que podem viajar para a Guatemala sem riscos de insegurança?

Com certeza! Pode!

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