José Montoya, diretor do hotel Jumeirah Essex House, de Nova York, nos Estados Unidos

15 de Fevereiro de 2011 4:55pm

Próximo do conhecido Parque Central de Nova York, o hotel Jumeirah Essex House pode ser uma proposta atrativa para visitantes ibero-americanos na mais cosmopolita das cidades estadunidenses, e de fato o mercado brasileiro ocupa a terceira posição para o hotel. Sobre as facilidades que oferece, e dos planos que o grupo Jumeirah, sediado em Dubai, tem para o futuro próximo, fala o diretor da instalação nova-iorquina, em exclusiva para o Caribbean News Digital.

Qual é a localização exata do estabelecimento e quantos apartamentos tem?

O hotel está no Central Park South, entre as avenidas Sexta e Sétima. Temos 509 apartamentos hoteleiros e 167 condomínios de proprietários permanentes. Esta combinação nos permite dar aos nossos hóspedes uma experiência residencial em Nova York.

Qual é o mercado alvo do hotel?

O Jumeirah Essex House é um hotel de cinco estrelas com tarifas de quatro e explico a causa. Somos o único hotel do grupo Jumeirah nos Estados Unidos e nas Américas em geral. De 82 a 89% dos clientes do Essex House são norte-americanos, e para este mercado é muito difícil comprar uma marca desconhecida, por isso os nossos preços têm de ser bem competitivos.

Conte-nos um pouco sobre o grupo Jumeirah.

O grupo Jumeirah está sediado em Dubai, onde tem oito hotéis. Há também dois alojamentos em Londres e agora nos Estados Unidos. Nos próximos meses estaremos em Frankfurt, Maiorca, nas Ilhas Seychelles, nas Maldivas, no Panamá. Temos treze hotéis até agora e aspiramos a chegar a aproximadamente 60 estabelecimentos em cerca de quatro anos.

O mercado ibero-americano é importante para o seu grupo?

É fundamental. Especificamente o brasileiro. Quando comecei na direção do meu departamento há quatro anos, esse mercado era o número quatorze, e agora ocupa o terceiro lugar depois da Inglaterra e do Canadá. Da mesma forma, por proximidade e infra-estrutura aérea temos percebido um grande interesse em outras capitais ibero-americanas como na Cidade do México, e em esse país em geral, na Argentina, no Peru e na Colômbia. Apesar de Miami ser considerada a capital latino-americana dos Estados Unidos, Nova York é a cidade do interesse dos latino-americanos que viajam a este país.

Conseguiu contatar muitos operadores da América Latina na Fitur?

Na verdade sim. Considero que a Fitur é um lugar ótimo para socializar. Havia alguns anos que eu não participava da feira e marquei encontros com os representantes de importantes empresas da Península Ibérica e da América Latina.

Considera que o seu grupo pode ter uma sinergia também com o mercado de Portugal?

É uma pergunta difícil porque no meu coração eu tenho um lugar para Portugal e considero que o cliente português, a cultura portuguesa, é bem semelhante à de Nova York, que é uma cidade visualmente óbvia, porém dividida em bairros com muitos segredos. E considero que os meus clientes portugueses apreciam isso, viajar a Nova York. Por muito conhecida que seja a cidade através do cinema e da literatura, sempre há alguma coisa para se descobrir.

Um dos setores de maior presença na Feira foi o LGBT. Considera que pode ser um fator importante para o crescimento da Feira? Acha que poderia ser um segmento importante para seu hotel? É seu hotel gay friendly?

Meu hotel é bem gay friendly. O mercado gay tem crescido por razões óbvias de tipo econômico. Um casal gay com duas receitas pode ter os recursos que talvez um casal heterossexual com duas ou três crianças não tenha. O viajante gay tem muito bom gosto, sabe escolher muito bem, e não imagino uma companhia hoteleira que não esteja interessada em desenvolver este mercado.
 

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