Juan José Hidalgo, presidente do Grupo Globalia
O presidente do Grupo Globalia, que participou da Feira Internacional de Turismo de Havana, explica à Caribbean News Digital as prioridades da companhia e avança que recebeu autorização para uma operação Havana-Miami.
Alguns afirmam nos Estados Unidos que vai ser muito difícil para a Air Europa manter a rota Miami-Madri por ser uma conexão muito complexa e de muita concorrência...
Não vai ser fácil, mas até agora estamos satisfeitos com o início da operação. Há alguns dias começamos a quinta frequência e isso mostra a nossa confiança em Miami. No futuro queremos ter voos entrando por Nova York e saindo por Miami, como fazemos na Itália, onde entramos por Roma e saímos por Milão ou vice-versa. Miami é uma cidade pouco conhecida dos espanhóis e o nosso objetivo é nos consolidar ali. Isso requer muito trabalho, mas pensamos consegui-lo em pouco tempo. Há um ano que estamos voando para Nova York, uma rota que está bem posicionada. Em Miami temos que trabalhar para que nos conheçam.
Alguma notícia para a região das Américas?
Temos já a autorização para uma operação Havana-Miami. A Air Europa vai ser a nona companhia que nessa rota.
E quanto ao Panamá?
Tínamos negociações com o governo, mas consideram que a Iberia é melhor. Acho que estão errados porque a Iberia só contribui com operação, não com turismo, e nesse sentido o nosso grupo teria ajudado mais o Panamá.
Têm novos planos no México?
Temos uma operação em Cancun e por enquanto não vamos abrir outros destinos.
Pensam retomar as operações charter a Puerto Vallarta?
Não. Não temos interesse em projetos de pouca duração operacional. Estamos interessados nas novas frequências e na operação regular, não como charter puro.
A Air Europa ficou com algumas das rotas da Air Comet...
Exatamente. Foi bom para a gente que eles não continuassem voando a Cuba porque não há muitas capacidades para a Havana. Ficamos também com Buenos Aires e Lima.
No ano passado fecharam alguns acordos com a Air France. Tem isso algum significado para a solvência da companhia?
Não. A nossa companhia tem suficiente solvência. As duas empresas fazem parte da Skyteam. É um problema de reforço de conexões, não econômico.
Então não é verdade que a Air France tenha comprado uma parte das ações da Air Europa?
Não é verdade.
Mais alguma abertura nesse ano?
Não. Temos que consolidar o que temos. Por exemplo Lima que começou a operar em fevereiro, além de Miami, Lisboa e Asturias-Madri. Por enquanto temos que nos concentrar nessas rotas.