Lawrence Reinisch, diretor de WTM Latin America conversa com Caribbean News Digital

25 de Abril de 2015 12:59am
claudia
Lawrence Reinisch, diretor de WTM Latin America conversa com Caribbean News Digital

Na passada edição de WTM Latin America surgiram mais de 340 milhões de dólares. Quais são as expectativas para este ano?

—Tendo em conta a situação económica mundial estamos a ser conservadores e esperamos um mais 10%. Penso que esta é uma meta que podemos garantir. Se no ano passado atingimos 341 milhões de dólares, neste poderemos chegar a 375 milhões de dólares.

Não está nada mau para ser a terceira edição

—É verdadeiro que estamos na terceira edição, mas ao ver como está o evento, um tem que dizer que somos uma Feira consolidada.

Quais são os países que têm vindo pela primeira vez ao evento?

— Espanha traz um pavilhão pela primeira vez. Temos também a Colômbia, a Estambul como cidade, que neste ano é o destino padrão de toda a Feira.

Também têm introduzido o setor MICE

—O setor MICE tem adquirido uma importância maior. Tivemos o coquetel MICE, que é oferecido por Ibtm, uma das associações MICE mais reconhecidas do mundo.

Na atualidade este setor joga um papel importante no turismo

—O turismo MICE é um dos turismos mais reconhecidos por todos. A maior parte das organizações nacionais de turismo querem investir no turismo MICE. A cada vez mais há que investir em Internet. Google tem dado uma conferência nesta Feira.

Como acha que está o setor turístico em Internet?

—Internet está a crescer, ainda que também se vê que muitos dos clientes preferem o tradicional, pela questão do toque pessoal. Por exemplo, quando vemos com nossa principal parcela desta Feira, que é Braztoa, a Associação Brasileira de Operadores de Turismo, um grande número de pessoas procuram às operadoras e as agências de viagem, porque querem o toque pessoal que Internet não lhe dá. Querem a segurança de um contato profissional, mais que a frialdade de Internet. Eu mesmo procuro por Internet para ver quais são os destinos, para ter uma ideia dos preços relativos; mas, ao final, muitas vezes preferimos comprar numa agência que conhecemos.

Mas Internet não só em termos de compras, senão como ferramenta para conhecer ao cliente

— Não há dúvida de que Internet como ferramenta para conhecer ao cliente, destino, produtos e serviços é insuperable.

Ontem apresentou-se o relatório de tendências do setor em Latin-oamérica. Augurabam que os destinos deviam se focar mais na especialização, que os hoteleiros de luxo não tinham que se centrar tanto na ostentosidad, como faziam até agora, senão em pequenos detalhes que façam exclusiva e única a estadia de um cliente. Isso é sozinho para o luxo?

— Acho que há muita discussão hoje sobre turismo de luxo, porque é luxo que não é. Muitos preferem utilizar outras denominações como turismo que valorice mais o life style. Uma coisa que ultrapassa a noção tradicional do luxo, bem mais para a busca de tops especiais, que um hotel, todo um destino, pode proporcionar aos turistas.

Isso não tem que ser sozinho extrapolable ao luxo. Todo turista deveria se sentir como se estivesse num hotel ou destino de luxo, porque pára todos é um luxo poder viajar.

—O luxo é muito subjetivo. O que é luxo para um, pode não ser para outro. Para mim o luxo é poder ter uma experiência boa. Muitas vezes uma coisa muito simples pode ser um luxo.

A abertura de Cuba é um luxo.

—Para mim é fantástico.

Como acha que devem se preparar os destinos da região que têm uma oferta similar à de Cuba?

—A região ver-se-á beneficiada, porque Cuba tem uma oferta de natureza e de cultura muito importante. Cuba pode representar um canal que faça que todos venham mais. Vai ser muito bom para todo o Caribe.

O Ministro de Turismo de Brasil, Henrique Alves, disse que os Jogos Olímpicos não serão sozinho em Rio, senão que beneficiarão a toda a região.

—Esta estratégia não é sozinho de Brasil, senão de Latinoamérica, porque acho que como latinoamericanos temos que nos olhar mais a nós mesmos, dantes que a Europa ou Estados Unidos. Temos que nos conhecer mais. Somos vizinhos. Muitas vezes investem-se grandes quantidades de dinheiro para trazer pessoas de outras partes do planeta, quando seria bem mais fácil trazer de nossos vizinhos.

O multidestino entre os países da região é um ponto forte que outros continentes não têm.

—Temos a sorte de viver num continente que, para além de alguns problemas específicos, é pacífico. Hoje estamos a viver em paz praticamente em todo o continente.

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