Leonel Rossi Junior, diretor de Assuntos Internacionais da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav)

05 de Dezembro de 2006 10:39pm
godking

A Associação Brasileira das Agências de Viagens participou mais uma vez na World Travel Market de Londres, âmbito propício para a promoção da Feira das Américas, um dos eventos turísticos mais antigos e prestigiosos do continente.

O que é a ABAV e quantos associados tem?

A ABAV reúne 3.200 agentes de viagem e cerca de 7.000 operadores de turismo, o que significa 80% das vendas do Brasil nesse setor. Nós participamos da WTM de Londres para promovermos a Feira das Américas, o maior evento do seu tipo na região.

Na edição deste ano, que ocorreu no mês de outubro, a área de exposição foi de 28.000 m2, houve 22.000 visitas profissionais e 10.000 visitantes não-profissionais no único dia em que a Feira foi aberta ao público.

Nossa associação é muito forte. Tem representações nos 27 estados e no Distrito Federal. Lidamos diretamente com as companhias aéreas, já entramos na justiça e conseguimos que nos pagassem uma parte das comissões por seis anos. Isso mostra a força da organização.

A ABAV tem acordos com outras associações de agências de viagens do Brasil?

A Abav é a maior entidade. Há uma associação de operadores turísticos, uma no interior do estado de São Paulo e outras, mas a principal, a que domina esse espectro é a ABAV. As demais giram em torno dela.

Há quanto tempo que realizam a Feira das Américas?

Há 37 anos.

É o evento mais antigo da América Latina?

Não sei, mas é o maior neste momento. Sem dúvidas. Há quatro anos que a Feira acontece no Rio de Janeiro. Antes era itinerante, mas para crescer tinha que se fixar numa mesma cidade e a cidade escolhida foi o Rio de Janeiro, pelo significado da cidade a nível mundial. Depois disso a Feira cresceu 51%.

Donde provêm os grupos que investem no setor turístico do Brasil?

Há um grupo muito grande de espanhóis, de portugueses e de italianos. A rede hoteleira Accor é talvez o maior grupo estrangeiro no Brasil, com 150 hotéis. Muitas outras redes hoteleiras têm muito interesse e estão aplicando muito dinheiro no País.

As companhias aéreas internacionais também têm uma presença importante. Por exemplo, a portuguesa TAP tem 45 vôos semanais para o Brasil e chega a São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Natal e Fortaleza. Outras aéreas européias também querem voar ao Brasil, como a Pan Air, por exemplo.

Qual a opinião do senhor quanto à World Travel Market, à ITB e à FITUR de maneira independente?

Gosto da World Travel Market para fazer negócios, mas acho que a FITUR a supera. Já a ITB é enorme, com 170.000 m2. Penso que do pondo de vista institucional é mais importante do que esta de Londres. Mas há uma feira de que gosto muito e é a de Milão. Realmente é um evento muito bom.

Na edição anterior da World Travel Market a área ocupada foi de 38.000 m2, enquanto a da Feira das Américas foi de 28.000, de maneira que não estamos muito longe.

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