Magaly Toribio, vice-ministra do Turismo para a Promoção Internacional, República Dominicana

16 de Abril de 2010 10:03am
godking

Bávaro, na República Dominicana, acolheu recentemente a Conferência Mundial do Instituto de Competitividade (TCI) que teve como tema central "Os clusters turísticos e sua sustentabilidade". O que são os clusters, seu desenvolvimento na República Dominicana e as estratégias da ilha para continuar se posicionando como primeiro destino turístico no Caribe são alguns dos temas abordados por Magaly nesta entrevista.

Qual a importância dessa conferência de clusters turísticos?

Foi uma iniciativa do Conselho Nacional de Competitividade a partir de orientações do presidente Leonel Fernández que quer que as indústrias do nosso país sejam competitivas, principalmente as dos serviços turísticos. O diretor do Conselho, Andrés Vanderhorst Álvarez, teve a iniciativa de criar esses clusters no país, não apenas em zonas turísticas como Punta Cana e Puerto Plata, mas em locais como Barahona, Pedernales ou Montecristi, onde o turismo está em processo de desenvolvimento.

Qual a diferença entre cluster e associação?

A associação é uma reunião de empresas da mesma indústria ou serviço; por exemplo temos associações de hotéis, de guias turísticos... Já o cluster tenta reunir essas associações e empresas que não são exatamente turísticas mas que podem contribuir para a discussão de temas turísticos.

Poderia ser algo semelhante a uma Câmara de Turismo?

Não, porque as câmaras envolvem empresas ligadas diretamente ao turismo, enquanto nos clusters há outras empresas, por exemplo teatros, lojas... Os clusters podem integrar pessoas ou entidades que, sem relação direta com o turismo, estão interessadas no desenvolvimento local.

Os clusters contribuem para o desenvolvimento porque têm pontos de vista diferentes dos do governo e isso é importante. São os pontos de vista das comunidades.

Há outras ações previstas pelo Ministério do Turismo que contribuam para a liderança da República Dominicana na região do Caribe?

Gostaria de explicar que a mudança de nome - a Secretaria de Turismo agora é Ministério do Turismo - não significa mudanças de estratégia.

Apoiamos os clusters e a sustentabilidade do produto turístico dominicano, que significa a proteção do meio ambiente, das praias e dos ecossistemas. Nesses tempos de crise, temos estabelecido estratégias de marketing em mercados emergentes para o aumento do número de turistas; temos impulsionado novos nichos de mercado como o golfe... que atrai turistas de classe média alta.

A senhora comanda um vice-ministério que também foi criado recentemente. Quais as suas funções?

Eu coordeno o trabalho de marketing da República Dominicana que engloba a Direção de Promoção que conta com 21 escritórios de promoção turística no mundo; o Departamento de Publicidade que coordena as campanhas com as nossas agências de publicidade no mundo; o Departamento de Pesquisas de Mercado que informa o que acontece com a concorrência, com os diferentes mercados e suas economias; o Departamento de Relações Públicas Internacionais que coordena o trabalho de 12 empresas de relações públicas e o Departamento de Cruzeiros, criado recentemente.

A República Dominicana, com marinas e campos de golfe, tenta desenvolver um turismo mais sofisticado. Tem isso algum efeito no mercado russo?

O turista atual, não apenas o russo, procura melhores serviços e novas experiências com as pessoas. O turista russo gosta do nosso destino. A relação qualidade-preço na República Dominicana é muito boa. Punta Cana é destino preferido deles, onde a maior parte dos hotéis são de 4 e 5 estrelas.

O turismo de cruzeiro também está aumentando. No ano passado recebemos 500.000 cruzeiristas e a Florida Caribbean Cruise Association vaia realizar sua conferência na República Dominicana em outubro, o que mostra a confiança deles no país.

Back to top