Marcos G. Cross Sánchez, cônsul da República Dominicana na Espanha

24 de Abril de 2007 8:29am
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A República Dominicana voltou a confirmar sua liderança entre os principais destinos turísticos do Caribe em 2006 ao registrar crescimento acima de 8% na chegada de turistas. Os primeiros meses de 2007 confirmam essa tendência, o que incentiva os investimentos nacionais e estrangeiros na indústria turística do país.

O senhor poderia falar dos planos da República Dominicana para responder ao aumento do turismo?

Uma das respostas é a criação de novas infra-estruturas. Em Samaná, por exemplo, temos agora um aeroporto internacional que evita três ou quatro horas na estrada e há 800 novos apartamentos em construção naquela zona que será um pólo turístico como Punta Cana ou Puerto Plata.

Durante o governo de Leonel Fernández o país recuperou a confiança das instituições financeiras internacionais. Isso está facilitando o fluxo de capitais estrangeiros e os investimentos do empresariado dominicano, de maneira que há uma reativação da economia. Por outro lado a Marriot e Four Seasons decidiram abrir estabelecimentos no país e esperamos outras redes hoteleiras de renome ainda este ano. Isso amplia a capacidade hoteleira e a infra-estrutura.

Qual o papel da Air Dominicana nesse processo?

O ministro do Turismo anunciou recentemente a criação da Air Dominicana, com 70% de capital nacional e 30% de capital estrangeiro, principalmente do grupo Globalia. Isso mostra duas coisas: o fortalecimento das estruturas turísticas e a recuperação da confiança do empresariado nacional. Trata-se de capitais que antes saíam do país, enquanto agora estão retornando para recompor a base econômica nacional.

Isso significa que a República Dominicana estabiliza sua economia?

Nos últimos dois anos o país deu uma guinada para o desenvolvimento e a estabilidade macroeconômica a fim de melhorar a qualidade de vida dos dominicanos. A situação era calamitosa quando o Dr. Leonel Fernández assumiu a presidência em agosto de 2004. O incremento da dívida era de 100% (US$ 7,0 bilhões), o valor do dólar era de 54 pesos e de 68 pesos o do euro.

Porém, já em 2005, a situação começou a mudar a partir da maior confiança do empresariado e das instituições financeiras internacionais. O crescimento do PIB foi de 9,1%, enquanto o IPC - incremento do custo de vida - aumentou 7%. Hoje o valor do dólar é de 33 pesos.

Em 2006 o crescimento do PIB foi de 10,7% e de apenas 5% o do IPC. Isso criou uma maior estabilidade nos dois primeiros anos de mandato que deve permitir a recuperação total nos próximos dois anos e meio. Outro dado importante é que as despesas sociais têm aumentado atualmente a partir da ajuda às 283 mil famílias mais pobres do país.

A estabilização econômica fez sentir seus efeitos na gestão governamental. Dois anos depois do início do novo governo, obteve-se a maioria de senadores e deputados no Congresso, ou seja, será possível adaptar as leis aos novos tempos.

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