Mario Salinas, ministro do Turismo da Nicarágua

13 de Outubro de 2010 5:18pm
Mario Salinas, ministro do Turismo da Nicarágua

A Nicarágua quer atrair o mercado russo e para isso tem dado passos como a isenção de vistos e o aumento da promoção turística, o que é reforçado por um grupo importante de cidadãos nicaraguenses que falam a língua russa. Durante a recente feira Leisure, de Moscou, o Ministro explicou à Caribbean News Digital os planos para o aumento da conectividade aérea e as negociações com redes hoteleiras espanholas, italianas e norte-americanas que propiciariam o aumento do fluxo turístico para a Nicarágua.

É a primeira vez que a Nicarágua participa da Leisure?

É. Analisamos muito bem a nossa participação porque é um investimento forte e um compromisso de continuidade para não perder este esforço. No mês de março vamos participar também da MIIT. A ideia é aumentar o número de empresas nicaraguenses e mostrar a cultura e outros temas que possam ser interessantes para o mercado russo.

As relações entre os dois governos são muito boas. Temos assinado acordos na área da agricultura, dos transportes e para a promoção e capacitação
no setor do turismo.

Há possibilidades de conexões com a Aeroflot via Havana?

Na Nicarágua há grupos privados trabalhando para a concretização de um voo para Havana e talvez para Caracas e México antes do fim do ano, o que permitiria as conexões com a Aeroflot. Nesses destinos também é possível a conexão através de companhias aéreas da Espanha, Reino Unido, Alemanha, Itália e França que têm conexões para a Rússia.

A Nicarágua tem acordos de vistos?

Foi eliminado o visto no caso da Rússia e temos acordos de vistos na fronteira no que anteriormente eram vistos consulares. Temos ainda programas de segurança turística com ferramentas como uma linha para pedir assistência durante 24 horas.

O trabalho com esse mercado requer pessoas que falem russo. É o caso da Nicarágua?

É um ponto favorável porque na década de 80 muitos nicaraguenses estudaram na Rússia, muitos deles casaram-se com cidadãos russos e tiveram filhos que hoje falam os dois idiomas. Estamos trabalhando na formação e capacitação de muitas dessas pessoas porque sabemos que o turista russo gosta de se comunicar no seu idioma, como muitas outras pessoas.

E os hotéis?

Temos hotéis de qualidade como o InterContinental, o Crown Plaza, o Hilton… Já fora de Manágua em geral são a hotéis pequenos, de charme, com serviços de muito boa qualidade.

Temos diversos projetos em desenvolvimento, como o Guacaliato, um resort de praia de seis estrelas, no Pacífico sul da Nicarágua, e estamos em negociações com redes espanholas, italianas e norte-americanas que querem se instalar no país, mas ainda não posso mencionar os nomes. Também estamos avançando no tema da conectividade aérea com empresas espanholas, italianas e de outros países europeus.

Acho que a maior atração da Nicarágua são esses hotéis de charme cercados de belíssimas paisagens onde o turista é acolhido de maneira diferente...

Sem dúvidas, mas muitos turistas querem os hotéis das redes conhecidas que garantem padrões de qualidade internacional.

Para outros turistas muito especiais temos hotéis no Pacífico de uma beleza incrível inseridos em paisagens impressionantes que têm obtido prêmios da mídia internacional especializada. Não têm ar condicionado nem telefone, por exemplo.

Estão interessados na Ucrânia?

Estamos, sim. Temos realizado ações de promoção em Kiev e em outras cidades, regiões e países. Depois da Leisure vamos viajar para a China. Na América do Sul temos na mira a Argentina e o Brasil que já têm boas conexões através de Caracas.

Mais alguma coisa?

Gostaria de dizer que ficamos muito surpreendidos com a qualidade da feira Leisure de Moscou. Os países participantes estão cientes do enorme potencial do mercado russo.

Também queremos convidar os leitores da Excelencias e da Caribbean News Digital a visitarem a Nicarágua. Com certeza vão ser promotores naturais do nosso país no mundo.

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