Mauricio Lemmus, sócio-proprietário da Lemmus Vallarta

22 de Maio de 2007 8:06am
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Lemmus Vallarta, empresa de desenvolvimento imobiliário com forte posicionamento em Puerto Vallarta, no México, estende suas operações a Cancun, Guadalajara e outros importantes destinos mexicanos após dois anos e meio de criada. Um dos seus fundadores fala do início do empreendimento e de seu êxito posterior.

Gostaríamos que o senhor contasse aos nossos leitores sua trajetória profissional até hoje.

Cheguei em Vallarta há 25 anos e comecei com negócios diversos. Fui "beach boy" num clube de praia e, com o meu irmão Miguel Angel, entramos no negócio da restauração. Abrimos o primeiro restaurante francês em Puerto Vallarta, o Place Vendôme; outro no Malecon, o Vallarta Grill, que já não existe, e depois passamos às pizzas Prego.

Após três ou quatro anos meu irmão começou com uma empresa imobiliária e eu com uma de viagens. Ele trabalhava como diretor de Vendas do Grupo Citar e eu no marketing de diferentes projetos que iam surgindo, como Pueblito Paraíso, Playa del Sol e Mayan Palace.

Meu irmão criou a Lemmus Real Estate em Cancun depois de ter trabalhado em parceria com outras empresas. Então me convidou para a criação da Lemmus Vallarta há dois anos e meio. Com a experiência que tínhamos na área do marketing, conseguimos atrair a atenção de empresários que nos confiaram a comercialização de seus projetos.

Começamos com o Villa Magna, um conjunto de 320 apartamentos e depois com a Península, de 300. Após dois anos e seis meses de trabalho, vendemos hoje 12 apartamentos por dia. Isso nunca tinha acontecido em Puerto Vallarta.

Puerto Vallarta tem hoje 132 projetos em desenvolvimento e comercialização em Bahía Banderas, de maneira que temos bastante trabalho pela frente.

Qual a apreciação do senhor acerca do setor imobiliário em Puerto Vallarta e suas diferenças em relação a Cancun ou Los Cabos?

As diferenças são enormes. Vallarta é uma baía protegida contra os furacões, que são uma ameaça em Cancun todos os anos. A mesma coisa acontece com Cabo San Lucas, que tem suas dificuldades. É uma zona de muito crescimento ao longo da península, mas Vallarta é o número um em projetos.

Não há riscos para Vallarta com esse crescimento enorme? A proteção ambiental é adequada?

É preciso trabalhar aceleradamente para a criação de uma infra-estrutura de serviços que não chega na atualidade a 50% da necessária. É interesse do estado de Jalisco a criação dessa infra-estrutura. Caso contrário, daqui a cinco anos haveria problemas enormes.

Como surgiu o conceito de Península, essa mistura de centro comercial e condomínios que levou o nome de Lemmus à opinião pública?

A idéia da Lemmus é participar do projeto desde a conceição, garantindo assim a comercialização. Os criadores da Península tinham a experiência de centros comerciais em Guadalajara e trabalharam conosco o condomínio Cima Real naquele destino, daí que decidíssemos fusionar as duas experiências. Assim, as pessoas têm apartamentos de luxo nos condomínios de Puerto Vallarta e ao mesmo tempo restaurantes da categoria Thierry ou de cadeias como a Chilis

Têm outros projetos no país?

Com a Península estamos iniciando um projeto em Puerto Peñasco. São 4.000 hectares que serão desenvolvidas em três etapas: a primeira inclui hotel, condomínios e conjuntos residenciais muito parecidos com os de Dubai, com ilhas, cais e casas. O projeto está nascendo agora e foi apresentado na feira do imobiliário no México. Há muitas pessoas investindo nessa zona.

Em Cancun temos o Península Cancun, Península Cozumel e Islas Mujeres. Em Guadalajara trabalhamos em sete projetos. Também na cidade do México com a G Acción e há outras possibilidades em Cabo San Lucas.

Qual é a chave desse crescimento tão rápido?

A chave é o trabalho, o profissionalismo. As pessoas esperam muito de nós e é isso que oferecemos. Criamos a oportunidade e atingimos o alvo com o produto que oferecemos.

Qual o melhor momento e o mais difícil da sua carreira?

O mais lindo foi o início do Villa Magna. Não tínhamos nada. Apenas dois guarda-chuvas, dois vendedores e um contrato assinado para a comercialização do Villa Magna. Eu vinha de Mayan, onde tinha toda a infra-estrutura necessária para o desenvolvimento dos produtos e compreendia que a situação era difícil. Mas o lema do meu irmão é resolver os problemas e graças à direção dele todos foram resolvidos. Foi isso que nos abriu as portas do êxito em Puerto Vallarta.

O que é que gosta de fazer quando não está trabalhando?

Gosto de viajar com a família para compensar o tempo dedicado ao trabalho. Tenho dois filhos e uma filha e gostamos de acampar na montanha ou à beira-mar. Há vários amigos em Puerto Vallarta que gostam disso também e desfrutamos muito comprando as coisas necessárias e, com barraca e armas, passar quatro ou cinco dias em contato com a natureza. Isso é maravilhoso.

O que é que pede ao futuro?

Saúde e a oportunidade de sermos conhecidos, que as pessoas saibam que trabalham com uma empresa que procura os melhores resultados a partir de muito profissionalismo.

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