Miriam Dabián, diretora da Autoridade de Turismo de Aruba para a América Latina
A Venezuela, Colômbia, Brasil e Argentina são, nessa ordem, os principais países emissores de turismo latino-americano para Aruba, ainda que também aumentem os viajantes centro-americanos na ilha caribenha graças à conexão da Copa Airlines.
A senhora é uma grande profissional com muitos anos de trabalho em Aruba e um conhecimento perfeito do produto. Gostaríamos de conhecer um pouco mais sobre seu trabalho na companhia e sobre suas funções na ATA para a América Latina.
Atualmente sou diretora para a América Latina da Autoridade de Turismo de Aruba, com base em Caracas, onde estou há um ano e meio. Anteriormente fui diretora de Marketing da mesma organização. Durante 13 anos me encarreguei do escritório de turismo em Bogotá. Tenho um filho que estuda Medicina e o trabalho é a minha paixão.
Como está respondendo o mercado venezuelano? Será que irá recuperar a força que já teve?
O ano de 2008 foi excepcional, com 130 mil turistas venezuelanos. A situação econômica também foi bem melhor. Aruba é um destino muito próximo dos venezuelanos e por isso investem em viagens, compras, testes de produtos, moradias ou condomínios.
Na Venezuela, quais as operadoras que trabalham com a ilha?
A maior é a Turhacer, com uma grande parte dos voos para Aruba, além da Canguro e da Escala. Em Maracaibo temos uma operadora que trabalha bem o mercado local, que é muito importante para a ilha.
A senhora também é responsável pelo mercado brasileiro?
Efetivamente, mas temos representantes em São Paulo que trabalham o país todo.
Há voos charters a partir da Venezuela?
A partir de janeiro desse ano o governo da Venezuela dificultou os charters para Aruba, o que é uma grande preocupação para a gente porque a Venezuela é o segundo emissor de turismo para a ilha. Em algumas temporadas sempre houve charters, mas o governo criou essas dificuldades agora.
A Venezuela pode ser considerada um hub para chegar a Aruba?
Anteriormente sim, mas agora não porque a Venezuela não tem muitos aviões. Nós temos voos de algumas companhias aéreas, como os da Tiara, que é uma pequena companhia de Aruba, e temos dois voos de Curaçao, mas esses voos não são suficientes nos finais de semana, de modo que se uma companhia levasse os passageiros para Caracas, não haveria conexões para Aruba. No entanto temos boas conexões para a América do Sul e para a América Central com a Copa e a Avianca.
Há alguma conexão para os viajantes europeus que chegam a Caracas?
Quem chegar de manhã pode continuar com Castolo Vuelos que sai ao meio-dia, mas já depois seria preciso ficar uma noite em Caracas. Da Europa é possível viajar com a Iberia e a Avianca que têm acordos.
Com a Air Europa não chegariam a tempo?
Não sei a hora de chegada da Air Europa.
Poderia falar um pouco do mercado dos cruzeiros? Sabemos que a Pulmantur tem bases em diferentes ilhas do Caribe, por exemplo em Aruba e na ilha Margarita.
A Pullmantur é um parceiro estratégico para Aruba. Eles deixaram de vir há anos e agora a diferença é evidente. Trazem os turistas que sempre ficam mais alguns dias em Aruba. Há outras opções para os passageiros que podem visitar outras ilhas ou a Colômbia através da Avianca ou da Tiara. Além do produto Aruba, estamos oferecendo diversidade, história, nativos em suas comunidades...
A Pullmantur está impulsionando muito também o turismo latino-americano. Quase 50% da capacidade é vendida na região...
É uma grande concorrência porque as capacidades nos aviões é utilizada para ir pegar o navio de cruzeiro.
Quais os principais países emissivos para Aruba na América Latina?
A Venezuela, Colômbia, Brasil e Argentina, nessa ordem.
Os voos da Copa, do Panamá, estão movimentando muitos centro-americanos?
Sim, há tarifas de introdução. A crise faz com que os hotéis adaptem suas tarifas e isso tem beneficiado o tráfego de centro-americanos através da Copa, principalmente da Costa Rica e da Guatemala. Não são muitos, mas isso gera publicidade e vai contribuir para a ampliação do mercado.
Quais os hotéis mais utilizados pelos latino-americanos em Aruba?
Há bastante variedade e isso depende as preferências. Todos têm suas atrações.