O desenvolvimento turístico da América Latina é dos menores do mundo apesar de seus locais paradisíacos

29 de Maio de 2007 8:51am
godking

A América Latina está repleta de locais paradisíacos, porém, o desempenho econômico do turismo no continente não é dos melhores, segundo pesquisa realizada pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) em 13 regiões.

O PIB do Turismo na América Latina é o sexto entre as 13 regiões estudadas e que aparecem na edição de 2007 do relatório Tourism Satellite Accounting, publicado pela organização. Com a expectativa de movimentar US$ 143 bilhões no setor do turismo em 2007, a contribuição do PIB da região ao turismo mundial seria de 2,7.

Quanto ao peso do turismo no PIB regional da América Latina, o número é mais preocupante visto que o turismo é responsável por 7,3 da economia regional, perdendo até para o Oriente Médio onde, apesar dos conflitos, o turismo aporta 9,6 do PIB. O Caribe ocupa a primeira posição neste ranking, com 16,5% da economia baseada no turismo, sendo 10,4 a média mundial.

"A influência das viagens e do turismo na economia da América Latina é incipiente", diz Jean-Claude Baumgarten, presidente do WTTC. "É um setor menos desenvolvido do que outros na região, mas com grandes chances de crescimento".

Na opinião de Baumgarten, a América Latina deveria estabelecer de vez uma política de parceria pública e privada para a promoção dos negócios relativos ao turismo. Além disso, deveria criar uma estrutura unificada para o investimento turístico em cada país, evitando assim que "os projetos de investimento passem pela avaliação de diversas entidades para sua concretização", acrescenta.

Individualmente, os países apresentam diferentes dificuldades. O México, por exemplo, perdeu competitividade pelo alto preço das passagens aéreas, a violência e a falta de infra-estrutura.

De acordo com o WTTC, o turismo no Chile tem pouco peso econômico (1% do PIB), mas tem um grande potencial de crescimento, com previsões de aumento de 12,3 em 2007, ainda que "o país deva garantir infra-estruturas que respondam à alta procura" para não perder competitividade.

Já o Brasil, com ótimos recursos naturais, culturais e infra-estrutura turística como a ampla rede aeroportuária e a boa disponibilidade de empresas de locação de veículos, tem problemas de qualidade das rodovias, dos portos e do transporte ferroviário, sendo a violência um problema sério.

Na Argentina, tem uma grande incidência no setor a falta de direito de propriedade e as restrições ao investimento direto, considera o WTTC.

De acordo com o Ranking de Competitividade de Viagens e Negócios, lançado recentemente pelo World Economic Forum, que inclui 124 países, a Suíça ocupa a primeira posição, seguida da Austrália. Na América Latina, o país mais competitivo é Barbados (29ª posição) devido à prioridade do setor para o governo e às regulamentações existentes para o investimento privado. O México ocupa a 49ª posição, Chile a 45ª, Brasil a 59ª e Argentina a 64ª.

Back to top