O investimento estrangeiro direto pode desacelerar ou até cair na América Latina e no Caribe este ano em relação a 2005

29 de Outubro de 2006 12:00am
godking

O investimento estrangeiro direto pode desacelerar ou até cair na América Latina e no Caribe este ano em relação a 2005, devido a uma regulação maior nos mercados de produtos básicos, informou a Organização das Nações Unidas (ONU) em relatório da segunda quinzena de outubro.

Também afetará a entrada de recursos a menor dependência de financiamento externo na região em função dos preços altos das matérias-primas, mostrou o relatório mundial de investimentos da Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).

Em contrapartida, o aumento de recursos pelo maior valor das matérias-primas também tem significado mais dinheiro para as companhias latino-americanas investir dentro ou fora da região.

Embora a maioria dos investimentos estrangeiros seja dirigida à indústria de serviços, foi o setor de recursos naturais que experimentou o maior aumento em 2005, passando de 5% em 2004 para 15%.

Brasil e México se mantiveram como os principais destinos do investimento estrangeiro direto na América Latina.

Dentro de América do Sul, a maior alta no investimento estrangeiro direto no ano passado ocorreu na Colômbia, de 227%.

Conforme o relatório, "o caso da Colômbia é particularmente interessante, pois não apenas experimentou um renascimento dos fluxos vindos do exterior, como também se posicionou como forte investidora no exterior".

O documento ressaltou ainda o aumento de 95% em investimentos na Venezuela, 81% no Uruguai, enquanto na Argentina cresceram 9%.

Apesar de os fluxos que ingressaram no México em 2005 permanecerem estáveis em comparação com o ano anterior, o país liderou os investimentos no exterior, com saídas de 6,2 bilhões de dólares.

Brasil e Chile apresentaram quedas no investimento estrangeiro direto de 16 e 17%, respectivamente, no ano passado.

Fonte: Reuters

Back to top