Pilar Cano, presidente executiva da Agência de Promoção Turística da América Central para a Europa e Ásia (CATA)
A CATA, sediada há quatro anos em Madri, conseguiu posicionar a marca "Centroamérica" nos principais mercados europeus. O aumento do número de viajantes faz com que aumente também o interesse dos investidores da hotelaria e o das companhias aéreas, que abrem novas rotas para os países da região. A meta da Agência para 2007 é a consolidação dessas conquistas, através do trabalho com os operadores e para o cliente final.
A senhora poderia falar da sua trajetória profissional no setor turístico?
Comecei minha carreira no setor aéreo, há 18 anos, nas companhias Aviaco e Iberia, nas quais fui responsável pelos departamentos de Marketing e de Comunicação.
Após dois anos na companhia Aldeasa - principal operadora das free shop na Espanha -, onde fui diretora de Marketing, passei para a Viva Tours, propriedade da Iberia naquela época. Ali fui responsável pelas políticas de promoção, comunicação, atendimento ao cliente e pesquisa de mercado. Isso fez com que chegasse a conhecer muito bem o setor turístico espanhol e os principais destinos dos operadores especializados nos mercados americanos. Foi nessa época que entrei em contato direto com a CATA e com os responsáveis dos mercados centro-americanos para o desenvolvimento de campanhas de promoção que tiveram muito sucesso.
O que é que representa para a senhora essa nova responsabilidade?
Representa um novo desafio, tanto pessoal quanto profissional. Um desafio que se concretiza na procura de melhores estratégias comerciais e de comunicação para que os clientes europeus conheçam as imensas possibilidades dos mercados centro-americanos e sintam a necessidade de conhecerem suas riquezas naturais, históricas, culturais, sociais, etc. Estou confiante porque sei que temos um magnífico produto para desenvolver e uma equipe muito competente de profissionais no escritório da CATA na Espanha e nos países da América Central.
Qual a sua opinião sobre o trabalho da CATA até agora?
A melhor opinião, baseada nos resultados. A evolução tem sido muito positiva. É um projeto que potencializa ao mesmo tempo a região centro-americana e cada país como destino turístico, e que conseguiu atrair mais turistas europeus. Nosso objetivo é trabalhar para aperfeiçoá-lo no futuro imediato.
E qual seria a estratégia da Agência nesse sentido?
Ainda é cedo para definirmos uma verdadeira estratégia, mas vamos trabalhar para que os europeus conheçam melhor os produtos turísticos centro-americanos. Vamos trabalhar com o escritório da CATA na Espanha e com os responsáveis turísticos de cada país centro-americano.
Sabemos que a CATA disporá de maior verba. Poderia mencionar os setores e atividades a que serão destinados esses recursos?
O principal objetivo é o aumento do fluxo turístico para a América Central e para isso pensamos trabalhar em duas direções em 2007. Por um lado no apoio à continuação do programa de formação dos operadores a respeito das atrações de cada um dos países, e por outro na geração do interesse do cliente final pela descoberta da América Central.
E quanto aos mercados emissores?
Vamos concentrar os recursos nos mercados prioritários. Isso significa Espanha, Reino Unido, Alemanha, Itália e França, mas sem esquecermos outros mercados que em determinado momento podem complementar os grandes emissores como os países nórdicos, a Holanda e Suíça, por exemplo. Também queremos estimular a diversificação e desestimular a sazonalidade.
A Agência vai cobrir também o mercado asiático?
A Ásia é um mercado de grande interesse, pela sua potencialidade e pelo seu desenvolvimento nos últimos anos, e vamos começar a trabalhar com esse mercado ainda em 2007. Em primeiro lugar pretendemos conhecer melhor o setor turístico e o cliente, para construirmos aos poucos um mercado sólido para a América Central.