Pouco investimento freia crescimento de América Latina em 2014

07 de Agosto de 2014 4:55pm
claudia
Pouco investimento freia crescimento de América Latina em 2014

A baixa generalizada no investimento, combinada com um entorno internacional menos alentador, entre outros elementos, freariam o crescimento de América Latina e o Caribe este ano, situando-o em só um 2,2 %, por embaixo do 2,5 % registrado em 2013, projetou a CEPAL.

"Estamos num contexto diferente ao da década anterior com um impacto heterogéneo nos distintos países da região", disse Alicia Bárcena, secretária executiva da Comissão Económica para América Latina e o Caribe (CEPAL), ao apresentar o relatório do organismo.

No mês de abril a CEPAL tinha previsto uma expansão regional de 2,7 %, mas essa projeção foi moderada pela evolução que mostraram as distintas nações durante o primeiro semestre do ano.

Entre os fatores que têm enfriado às economias de América Latina se encontra uma debilitação da demanda externa por seus principais produtos de exportação, que se concentram, maiormente em matérias primas.

Segundo a CEPAL, o primeiro responsável do decaimento do comercio internacional segue sendo a China, que com um crescimento estimado em torno a 7,5 % para 2014, tem impactado nos preços dos bens básicos, ai inda que estes seguem dentro dum rango alto.

A desaceleração da China não chega a se neutralizar com o maior crescimento dos Estados Unidos estimado em 2,5 % para este ano sobre 1,9 % de 2013, e da zona Euro que se expandiria em torno a 1,2 %, também por encima do 0,5 % do ano anterior.

"O entorno externo em 2014 é muito menos favorável, já que se desvanecer o superávit da balança de bens", disse Bárcena, quem sublinhou que esse impacto tem se moderado parcialmente por um aumento dos ingressos por turismo e das remessas de emigrantes a seus países de origem.

Mas sim dúvidas, o elemento mais preocupante para a CEPAL é o baixo dinamismo do investimento que já em 2013 se situou numa taxa de 22,9 % em relação com o Produto Interno Bruto (PIB), numas circunstancias nas que as economias com melhores perspectivas de crescimento mostram cifras em redor de 30 %.

"As políticas económicas têm que tomar em conta as vulnerabilidades específicas dos países", disse Bárcena.

"Em todos os casos é importante aumentar o investimento, para garantir no mediano prazo uma mudança estrutural com igualdade. Ambos os reptos sao clave para sustentar o desenvolvimento econômico, especialmente no contexto atual", agregou.

Dentro do impacto díspar do novo cenário do comercio internacional e do insuficiente investimento, a recuperação projetada para os países da região é também diversa: os gigantes da zona, México e Brasil, resultariam entre os entre os mais danificados, com expansões de 2,5 e de 1,4 %, respectivamente: como contrapartida, Panamá cresceria 6,7 %; Bolívia 5,5 %; e Colômbia, Equador, Nicarágua e República Dominicana 5 %.

Num rango médio estariam Peru (4,8 %); Paraguai (4,5 %); Costa Rica (4%); Guatemala e Haiti (3,5 %); Chile, Honduras e Uruguai (3 %); e Guatemala (2,3 %).

Com desempenhos mais baixos estariam Cuba (1,4 %), Argentina (0,2 %) e Venezuela com uma contração de 0,5 %.

Os países do Caribe em conjunto mostrariam uma expansão média de 2 %. Alguns deles se veriam favorecidos pelo maior dinamismo de Reino Unido, principal comprador dos bens básicos que produzem.

No relatório se indica que a desaceleração económica observada no último trimestre de 2013 se manteve nos primeiros meses do atual, com o que a região anotará um crescimento inferior ao do ano 2013 (2,5%). Sim embargo, adverte que a gradual melhora de algumas das principais economias do mundo, deveria permitir uma mudança de tendência para finais de 2014.

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