Quem já está em Cuba seguirá tendo um espaço no dia em que os Estados Unidos suspendam o embargo

15 de Março de 2007 8:01pm
godking

"Cuba continuará expandindo seu turismo com parceiros estrangeiros e preparando-se para uma avalanche de visitantes norte-americanos, prevista para o dia em que Washington suspenda suas sanções contra a Ilha", afirmou o vice-ministro do Turismo, Oscar González.

"Temos tempo para fazer as acomodações necessárias para o dia em que isso ocorrer. A engrenagem montada pelo governo dos Estados Unidos para impedir que seus cidadãos viagem a Cuba é infernal e vai lhes tomar um pouco de tempo para desmontá-la - disse González, em entrevista à agência Reuters.

O turismo, desenvolvido nos anos 90 com apoio do capital estrangeiro como resposta à crise econômica desencadeada pelo desmantelamento da União Soviética é uma das maiores fontes de receitas em divisas para Cuba.

"A ilha recebeu 2,2 milhões de turistas em 2006, sobretudo do Canadá e da União Européia. O número de norte-americanos que viajam a Cuba a partir de países terceiros como o México ou Bahamas decresceu nos últimos anos de 100 mil para 30 mil",
acrescentou González.

Alguns especialistas calculam que se Washington eliminar suas sanções contra Cuba, mais de um milhão de norte-americanos poderiam visitar a ilha durante o primeiro ano e outros três milhões nos quatro anos seguintes.

Para atender a esta demanda, Cuba deveria duplicar sua capacidade atual em torno de 42 mil acomodações.

"Receber cinco milhões de turistas pode implicar que tenhamos que erguer de 80 mil a cem mil acomodações" - disse o vice-ministro do Turismo.

A gestão e expansão da indústria cubana do turismo se baseiam há 15 anos na associação com empresas como as espanholas Sol Meliá ou Iberostar.

"Quase 50% das acomodações em Cuba são administradas e comercializadas por cadeias estrangeiras. Continuamos abertos para que as cadeias que nos aportam mercado e prestígio administrem hotéis em Cuba" - disse o vice-ministro cubano, acrescentando que "quem já está na Ilha seguirá tendo um espaço no dia em que os Estados Unidos suspendam o embargo".

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