República Dominicana: pouco impacto da crise

21 de Setembro de 2010 6:09pm
República Dominicana: pouco impacto da crise

O decrescimento dos países do Caribe foi de -2,9% em 2009, menos na República Dominicana que teve bons resultados, de acordo com funcionários da região reunidos no foro "O Caribe depois da crise", na 14a Conferência das Américas que aconteceu recentemente em Miami.

Vicente Bengoa Albizu, vice-presidente dominicano para as Finanças, assinalou que a República Dominicana foi o país menos afetado pela crise e que em 2009 seu crescimento foi de 3,5%.

Os fatores que incidiram nesses resultados foram a política fiscal, a prudência quanto a política de endividamento, a pouca presença dos bancos internacionais no país e a sólida estrutura bancária nacional que representa 92,5% do setor financeiro.

As remessas e o turismo registraram pequenas quedas, mas, de acordo como Ministro, isso não representou um forte impacto na economia.

"As receitas turísticas caíram 2% em 2009 em relação aos anos anteriores, mas aumentou o número de visitantes", disse, completando que isso foi devido à redução do valor dos pacotes turísticos, ao menor número de dias de visita e à redução de gastos dos turistas.

Para Bengoa, fica claro que os países do Caribe devem implementar políticas que incentivem o investimento estrangeiro e controlar o gasto público.

Na Jamaica, que ainda sofre os impactos da crise de acordo com seu ministro das Finanças, Audley Shaw, valorizou-se a moeda local e a inflação passou de 9 para 6-7%. Já no setor turístico, o governo impulsiona importantes projetos para a construção de novos portos para a chegada de mais navios de cruzeiro de empresas como a Royal Caribbean.

Por seu lado, o analista de temas caribenhos, Derek Ramsamooj, assinalou a necessidade da criação no curto prazo de políticas que reforcem as áreas tecnológica, da energia, da educação e ecológica, e que permitam reduzir o desemprego e a pobreza  nos países da Caricom, que deve se integrar como bloco na América Latina para superar a crise e crescer.

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