Ricardo Martínez, ministro do Turismo de Honduras

02 de Novembro de 2007 5:51am
godking

A organização da Centroamérica Travel Market e os projetos de Honduras para atrair mais turistas estrangeiros são alguns dos temas tratados pelo Ministro de Turismo do país centro-americano.

No âmbito da Centroamérica Travel Market entrevistamos alguns dos representantes da missão de Honduras e suas opiniões acerca da Feira não são muito positivas. Qual é a do senhor?

Penso que a Costa Rica implementou novas formas de fazer negócios. Depois de escutar o presidente da Câmara Nacional de Turismo da Costa Rica e o Ministro do Turismo, acho que aplicaram a modalidade de "free shopping", ou seja, a liberdade total para que os compradores marcassem os encontros no próprio evento. Não houve encontros pré-estabelecidos e é lógico que isso gerasse alguns incômodos, sobretudo entre os novos operadores que apresentavam pela primeira vez sua oferta e que não fizeram os negócios esperados.

Mas em geral a Feira cumpriu seus objetivos. Vieram mais de 130 compradores, que era a meta, e houve 122 estandes. Há operadores do meu país que estão satisfeitos. É difícil que as feiras nos satisfaçam totalmente. Nós também fomos criticados na última edição em Honduras.

Talvez as críticas dos integrantes da missão de Honduras fossem devido às recebidas no ano passado...

Não acho. Estamos respondendo ao nosso compromisso com a América Central como destino único. Acho que a Costa Rica tem seu estilo próprio de fazer as coisas. Prova disso é a maneira de manifestar seu compromisso com o meio ambiente nesta feira. Eles decidiram que as passagens aéreas fossem compradas através de um mecanismo que beneficia as florestas e colocaram nas nossas mochilas uma garrafa de água biodegradável.

Não estamos contra esse tipo de mensagem, mas temos outra maneira de dizer a mesma coisa. Nós somos mais caribenhos, com mais barulho, dança e festa. Acho que são estilos diferentes.

As autoridades de Honduras vão pensar no mercado europeu, nomeadamente no espanhol? Vão prestar atenção ao mercado russo?

Isso depende das conexões aéreas. Nesse sentido a Secretaria de Turismo tem feito alianças e investimentos superiores aos 100.000 dólares e estamos preparando uma proposta que mostre que o mercado é suficiente para novos vôos, que podem ser combinados com outros países.

Não devemos descartar um vôo Madri-San Pedro Sula-San Salvador, duas cidade que não têm um vôo direto da Espanha. Além do mercado turístico, há um mercado de viagens de negócios e um volume de mercado étnico considerável que viaja entre Madri e essas cidades.

Nosso objetivo agora é aumentar as rotas aéreas, não apenas da Espanha, mas também da Itália. Já temos dois vôos Roma-Roatán e há um grande tráfego dos Estados Unidos. Ainda não pensamos no mercado russo porque queremos aplicar os fundos nos mercados com os quais temos mais vínculos.

Se conseguirmos o aumento dos assentos da Europa, então aumentaríamos as verbas para a promoção nesses mercados.

Back to top