Roberto Llerena, diretor do Projeto Nautilus, República Dominicana

24 de Julho de 2007 7:33am
godking

O Projeto Nautilus mostra os recursos subaquáticos da ilha de Hispaniola aos dominicanos e ao mundo. Essa é a idéia original, mas há outros países interessados na iniciativa. Entre as principais contribuições do projeto: o Guia de Mergulho e de Atividades Subaquáticas, uma valiosa contribuição para o conhecimento dos fundos marinhos da República Dominicana.

Como é que o senhor chegou à República Dominicana?

Eu sou salvadorenho. Um dos sonhos da minha vida, desde criança, era encontrar algum tesouro nas ilhas do Caribe. Acho que essa pode ser a causa.

O que é que pode dizer do Guia de Mergulho? Tem outros projetos quanto a isso?

Este é o primeiro guia oficial que registra as profundidades ao redor da ilha, mas temos outros pedidos que seriam financiados pela União Européia a partir da participação de mais de um país no projeto. Os países com os requisitos na América Central são a Nicarágua, El Salvador, Costa Rica, Honduras, Panamá e Belize. De modo que o Projeto Nautilus tem boas perspectivas.

O documentário que produziu foi traduzido a outros idiomas?

Por enquanto só existe em espanhol. Temos oito documentários no total: sobre naufrágios, sobre as baleias Juvarte e sobre as cavernas subaquáticas da República Dominicana, entre outros de uma série para a União Européia, as Nações Unidas e a Unesco.

Está comercializando esses produtos?

O Guia está sendo vendido ao público e também temos anúncios dos nossos patrocinadores. Quanto aos documentários, estamos produzindo mais dois, mas precisamos de patrocinadores para sua difusão nos canais internacionais especializados.

Qual a sua visão da República Dominicana como destino de mergulho e quais as dificuldades que provoca a falta de câmaras hiperbáricas?

As perspectivas na República Dominicana são extraordinárias mesmo se os recifes da Austrália ou Belize são superiores. Nas costas dominicanas há cerca de 500 naufrágios da época colonial, os mais antigos da América. A Santa Maria, a caravela de Cristóvão Colombo, foi o primeiro naufrágio da América e ocorreu nas costas dominicanas. Isso mostra o valor dos tesouros arqueológicos submarinhos.

Por outro lado as baleias Juvarte, que vêm durante três meses para a reprodução, têm nas águas dominicanas seu maior santuário, com mais de 17.500 registradas. A terceira atração são as cavernas, um ponto alto do mergulho no País.

No que diz respeito às câmaras hiperbáricas, já temos algumas em funcionamento. O Projeto Nautilus estimula esse tipo de assistência que é fundamental para o aumento da chegada de mergulhadores. Por enquanto o mergulho é praticado em águas muito seguras, mas quando falamos em cavernas ou em mergulho em águas profundas então é diferente.

E a profundidade dos naufrágios?

Dos cinco pés até profundidades de vários quilômetros. As maiores profundidades do Oceano Atlântico estão frente às costas dominicanas - mais de 8.000 m -, enquanto os recifes de coral são numerosos na plataforma continental, daí os naufrágios em profundidades diferentes.

Como é que define o Projeto Nautilus?

É um grupo de programas que mostra os recursos subaquáticos da Hispanhiola aos dominicanos e ao mundo. Essa é a idéia original, mas há outros países interessados na iniciativa.

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