Teresa Bejarano, subdiretora executiva da Câmara Nacional de Turismo da Costa Rica (CANATUR)
Carro-chefe do turismo na América Central, a Costa Rica organiza a Central America Travel Market 2007, feira de promoção e venda de ofertas turísticas das nações da região encaminhada às operadoras européias, latino-americanas e asiáticas. As autoridades turísticas já trabalham na preparação do evento, que contará com um investimento aproximado de um milhão de dólares.
A senhora vai ser a responsável pela organização da Central America Travel Market. Qual o objetivo deste encontro?
A CATM é uma feira dedicada unicamente ao mercado europeu, latino-americano e asiático para que esses mercados nos identifiquem como uma única região, com múltiplos destinos, mostrando cada país e seus produtos, mas sob a marca América Central.
Isso significa que não vão convidar os norte-americanos?
Exatamente. A política da Costa Rica foi estabelecida desde o início: trabalhar para atrair o mercado europeu, asiático e sul-americano, mas não o da América do Norte.
Quais os mercados que pretendem priorizar?
O mercado alemão, o da Polônia... Algumas operadoras da Rússia estão muito interessados na América Central e é claro que a Espanha e o Reino Unido, os mercados mais importantes da região.
Nas edições anteriores da CATM não houve uma presença marcante de companhias aéreas. Pensam promover a presença de companhias européias na Feira?
Na ITB o ministro do Turismo da Costa Rica teve encontros com as companhias Lufthansa, Martinair, Iberia e Condor. Algumas deveriam ampliar a oferta de vagas para a Costa Rica e América Central, enquanto outras teriam de abrir um novo mercado.
Como carro-chefe do turismo na América Central, o que pode ensinar a Costa Rica aos demais países da região?
Nós temos avançado bastante e é uma boa oportunidade para os demais países apreciarem os nossos avanços, mas também para que conheçam os nossos erros.
Onde é que vão realizar a Feira?
No Club Canari, no centro de San José, muito perto do aeroporto. É um centro de convenções pequeno, mas com capacidade para umas 100 empresas expositoras da América Central e para cerca de 100 compradores.
Há algum workshop previsto?
A idéia é um espaço para que todos tenham a possibilidades de negociar. A Expotur da Costa Rica, líder na realização de workshops, vai organizar o agendamento eletrônico dos encontros entre fornecedores e compradores.
Qual o investimento da Costa Rica para a realização da Feira?
Quase um milhão de dólares.
A TACA continuará a ser a transportadora oficial?
Estamos trabalhando com eles nesse sentido para que convoquem os maioristas e a imprensa.
Qual a contribuição da Iberia?
A idéia é que seja o patrocinador mais importante para a Europa e a resposta foi muito positiva.
Quantas pessoas vão participar na equipe de organização da Feira?
Aproximadamente 200 pessoas em diversas comissões, como a de logística, acolhimento nos aeroportos, construção dos estandes. É uma boa equipe.
Como vão organizar o transporte das personalidades ou dos representantes das grandes operadoras?
A Associação Costa-riquenha de Operadoras vai ser responsável pelo transporte dos expositores, compradores e fornecedores mediante mini-ônibus bem equipados, os mesmos que se utilizam para o transporte dos turistas aos diferentes destinos.
Há algo importante: a Costa Rica tem agora vôos diretos que evitam as escalas para os visitantes...
Queremos que venham diretamente, sem escalas, principalmente na Iberia, e sem escalas nos Estados Unidos, que é complicado para todos nós.
A senhora gostaria de dizer mais alguma coisa?
Para a Costa Rica é um evento muito importante que permitirá mostrar o que estamos fazendo na América Central em conjunto e em cada país com seus próprios produtos e características. Sabemos que temos avançado e que devemos cuidar do nosso produto porque não foi fácil para o setor privado chegar até aqui.