Tráfego aéreo mundial desacelera, mas não na América Latina
A América Latina, com 19,7% de crescimento do tráfego aéreo, foi a exceção na tendência de desaceleração mundial do tráfego no mês de março.
O mais recente relatório da IATA apontou crescimento de 5,8% em março (número que inclui o efeito positivo da Páscoa nesse mês). Excluindo esse efeito, o número cai para 4% em relação a igual mês de 2007.
Para a IATA, esse resultado demonstra a continuidade da tendência de forte redução no ritmo de crescimento do tráfego aéreo, iniciada em dezembro do ano passado com a crise imobiliária nos EUA.
Em março de 2007, o tráfego aéreo havia aumentado 7,8% em relação ao mesmo período de 2006.
Na América do Norte, o tráfego internacional aumentou 6,3%, um efeito da mudança nas operações das companhias aéreas da região, que reduziram operações no mercado doméstico em favor dos vôos internacionais, no qual têm maiores possibilidades de lucro. Já na Europa, o aumento foi apenas de 3,7%.
O aumento do tráfego aéreo na América Latina é resultado da reestruturação do setor em 2007, ano em que o crescimento foi apenas de 0,5% no mês de março.
O crescimento das companhias do Oriente Médio (+15,4%) reflete a expansão das economias desta região, ainda que seja menor dos 20,4% registrados em 2007.
Quanto às companhias da Ásia e Pacífico, apenas registraram aumento da procura em 4,3% apesar do dinamismo das suas economias.
Para Giovanni Bisignani, diretor-geral da IATA, a fusão de empresas aéreas é um ponto crítico, mas não apenas de empresas domésticas, visto "que se trata de uma indústria global que deve ser administrada como negócio global".