Turismo imobiliário no Brasil movimenta US$ 4,5 bilhões

13 de Março de 2008 9:52pm
godking

O desenvolvimento do mercado imobiliário no Brasil concentra investimentos de US$ 4,5 bilhões no mínimo só em projetos turísticos, a maior parte de capital espanhol e português. "O Brasil passa por um momento extremamente importante no setor imobiliário e até se fala em boom", afirmou o empresário Daniel Rosenthal, diretor da Espaço Brasil, empresa especializada em marketing.

O empresário considera que esse boom ainda não chegou para o Brasil, diferentemente do que acontece no México e na Espanha.

As principais empresas construtoras e imobiliárias locais, e representantes dos governos federal, estaduais e municipais irão mostrar o panorama brasileiro no Salão Imobiliário de Madri (SIMA), que será realizado de 8 a 12 de abril, disse Rosenthal à Agência EFE.

A Espaço Brasil, do Grupo Eugênio, uma das principais empresas do imobiliário, reunirá a representação brasileira numa área de 1.400 m2 nesta feira mundial de vendedores, construtoras e fundos de investimento.

Os europeus têm mostrado seu interesse no Nordeste brasileiro, onde já há diversos complexos hoteleiros e imóveis de segunda residência, utilizados como investimento de capital ou como destino turístico.

"Com o desaquecimento do mercado espanhol, os investidores olham para zonas urbanas em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre", afirma Rosental.

Segundo dados do Ministério do Turismo citados pela Espaço Brasil, há 150 empreendimentos hoteleiros em construção que devem começar suas operações em 2009, somando R$ 4 bilhões (US$ 2,4 bilhões). Desse total, 20% correspondem a capitais internacionais.

As empresas de capital português investirão cerca de R$ 2,2 bilhões (aproximadamente US$ 1,3 bilhão) em novos projetos nos próximos três anos no Nordeste, enquanto o investimento espanhol será de R$ 1,3 bilhão (US$ 774 milhões) até 2010.

Segundo a Associação para o Desenvolvimento Imobiliário do Nordeste Brasileiro, nos próximos oito anos serão comercializadas 80.000 casas para estrangeiros no Brasil, um negócio que movimentará R$ 16 bilhões (cerca de US$ 9,5 bilhões).

Rosenthal assinalou que o Brasil se firma como um dos grandes destinos para os investimentos de empresas de promoção e compradoras finais, não apenas da Península Ibérica, mas também da Inglaterra e Escandinávia.

Dentre as razões para esse dinamismo, Rosenthal menciona a segurança jurídica do país e a cotização na Bolsa de São Paulo de umas vinte construtoras e imobiliárias que dinamizam o mercado.

Por outro lado menciona como fator favorável a migração de capitais do Sudeste Asiático para zonas mais seguras depois do tsunami de 2004.

A proximidade da língua portuguesa, um verão que dura o ano todo, as facilidades de compra e valores por m2 bem mais baratos em relação à Europa são ainda fatores que estimulam o investimento quer seja de compradores, especuladores ou simples cidadãos, completa Rosenthal.

Fonte: Agência EFE

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