O setor do turismo em Cuba recupera paulatinamente a normalidade com a chegada de novos vôos com turistas estrangeiros, enquanto a indústria hoteleira volta ao seu ritmo habitual depois da passagem dos furacões que açoitaram a ilha.
As agências internacionais têm noticiado a situação no Caribe após a passagem de Fay, Hanna, Gustav e Ike no último mês, durante uma ativa temporada que ainda não acabou. Oficialmente termina em 30 de novembro, mas nos últimos anos alguns se formaram na primeira quinzena de dezembro e até a lista de nomes teve de ser ampliada.
Hanna tocou em terra hoje (6) no sudeste dos EUA provocando fortes chuvas esta madrugada na região, enquanto o furacão Ike, com ventos de 185 km/h, avança rumo a Bahamas antes de se aproximar na segunda-feira de Cuba e do sul da Flórida. Josephine é vigiada pelos meteorologistas da região e o derretimento do gelo do Oceano Ártico pode atingir neste verão um nível recorde constatado por satélites e navios cada vez mais numerosos neste período do ano. Tudo pode ter a mesma causa: o aquecimento global.
A temporada de furacões está bastante ativa na região do Atlântico norte e principalmente no Caribe. Furacões "personalizados" por seus nomes, diferentemente do que ocorria antigamente ao serem lembrados pelo ano em que ocorriam os mais significativos: "o de 26" (1926), "o de 44" (1944), deixaram populações desabrigadas, morte e perdas enormes na região.
O projeto "Gestão de Riscos de Desastres Naturais para o Turismo Sustentável no Caribe" tem como objetivo o estabelecimento de estratégias para o enfrentamento aos desastres naturais na região, principalmente nas zonas turísticas, e será desenvolvido inicialmente na República Dominicana, Barbados, Bahamas, Jamaica e Turk & Caicos. Recentemente a República Dominicana sediou um workshop do projeto em que foram avaliados diversos cenários como furacões, tormentas e outros fenômenos naturais.
Um comunicado da Secretaria de Turismo da República Dominicana informou na semana passada que a infra-estrutura de acesso aos complexos hoteleiros dominicanos não foi afetada, apesar do impacto da tormenta Olga no litoral norte, nordeste e noroeste.
Grandes perdas deixou na cidade dominicana de Santiago, no norte do país, a tormenta Olga, que fez transbordar uma represa na madrugada de terça-feira (11), provocando as maiores enchentes na história da cidade.
O Ministério de Exteriores espanhol, através da Agência Espanhola de Cooperação Internacional (Aeci), ofereceu uma ajuda imediata de 150.000 euros (US$ 204.000) a Honduras e à Nicarágua após a passagem do furacão Félix.